Coaching e Cotidiano
Porque a vida não é feita somente de grandes acontecimentos mas principalmente de cenas e histórias da vida privada, das ruas, do mundo corporativo. Estórias vividas, encenadas ou ouvidas.
terça-feira, 23 de maio de 2017
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Falando de conflitos
Falando de Conflito
Lidar com situações de conflito, em qualquer âmbito é sempre um desafio, pelo enorme poder devastador que ele pode causar. A boa notícia é que situações de conflito podem ter efeitos construtivos. E logicamente tudo depende da forma como enxergamos e trabalhamos. Fugir ou negar nunca será a melhor alternativa. Saber e tomar conhecimento de que existem metodologias para trabalhar situações de conflito e colocá-las em prática é provavelmente a melhor solução.
Lidar com situações de conflito, em qualquer âmbito é sempre um desafio, pelo enorme poder devastador que ele pode causar. A boa notícia é que situações de conflito podem ter efeitos construtivos. E logicamente tudo depende da forma como enxergamos e trabalhamos. Fugir ou negar nunca será a melhor alternativa. Saber e tomar conhecimento de que existem metodologias para trabalhar situações de conflito e colocá-las em prática é provavelmente a melhor solução.
quarta-feira, 6 de julho de 2016
A vida é feita de escolhas
“A vida é feita de escolhas a
partir do conhecimento e da vivência diária, aonde descobrimos e aprendemos:
ü aquilo
que nos constrói,
ü aquilo
que não vale a pena, e que nem sempre é bom,
ü quais
são nossos limites, o que é possível, o que é inaceitável.”
“A narrativa de nossa estória não
é construída somente com os grandes acontecimentos mas particularmente com as
experiências diárias, cara a cara com as situações da vida. Que estória você
quer contar? Ou deixar para que contem sobre você?”
No processo de coaching esses acontecimentos,
sentimentos e ações são resgatados. E passam a fazer parte do arsenal de talentos
que herdamos ou construímos ao longo da vida. Trabalhamos com esses recursos e
talentos do próprio coachee para solucionar questões presentes. Porque a
resposta já existe. Cabe ao coach fazer as perguntas certas que contribuirão
para que o coachee acesse o seu fabuloso repertório interno.
A nossa história, ancestralidade,
temperamentos e atitudes são refletidas nas nossas decisões, escolhas e
caminhos. Ao longo do caminho, em
contato com os eventos e desafios cotidianos e a necessidade de repensar e
recriar , adicionamos outras capacidades, outros talentos,
incrementando o nosso repertório interno. Nos tornamos vastos. E nem nos damos conta do
motivo de nossas escolhas ao longo do tempo. Quem somos afinal, em toda
nossa plenitude?
A leitura da carta biográfica nos
permite a reconexão com a história de vida e visualizar, qual foi a tônica de
cada setênio. Qual afinal é minha missão
de vida.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
A Luta e o Conflilto
O sábio é o que nunca luta
Todo problema psíquico consiste em se estar bloqueado em
algum ponto do processo evolutivo, sem poder prosseguir no natural vir-a-ser da
vida saudável, fluida e em harmonia com a natureza.
O autêntico e construtivo poder consiste em não opor jamais
força com força. E isto não é mera teoria, é uma experiência que pode ser
comprovada , por exemplo, com com a
prática de artes marciais. Percebi isso
pessoalmente na prática do Tai Chi e , recentemente, na prática do Aikido.
Muito revelador perceber a teoria na prática.
O Aikido permite sentir na própria pele e no corpo que a oposição ao outro enfraquece, e o contrário
( não opor-se) fortalece. A prática,
portanto, promove, além da saúde e integração psico-física-cósmica, o
aperfeiçoamento nesta delicada arte e sabedoria oriental de agir pelo não agir.
Aikido é uma arte marcial japonesa relativamente recente , fundada pelo mestre
Morihey Uyeshiba e significa “o caminho da harmonia com o Espírito do
Universo”. Seu princípio básico é a de
que a verdadeira defesa pessoal não é vencer outras pessoas e sim vencer a discórdia dentro de si mesmo.
Uyeshiba observou o quanto, ao
envelhecermos , vamos nos tornando rígidos , duros, até ao extremo de não
conseguirmos realizar movimentos básicos. Associou o relaxamento com a vida e a rigidez com a
morte.
No Aikido o lutador ( ou não lutador) atua, todo o tempo, profundamente
relaxado, concentrado no ponto uno do abdômen inferior, donde projeta o ki, a
energia vital e o “espírito do Universo” em movimentos circulares e
infinitos. No Aikido não existe inimigo
e sua busca é a de estar em harmonia e não em conflito com o oponente.
O papel do facilitador e/ou líder facilitador, em qualquer
processo é a arte de lidar com a resistência, para que as pessoas possam abrir caminho para si mesmas, seguindo
adiante.
A resistência precisa, a principio, ser respeitada e não
“quebrada” . Quando se quer “quebrar a couraça” do cliente, o que se faz na
verdade é opor força com força, resistência com resistência e isto é uma briga,
um jogo de poder.
Tenro e flexível é o
homem quando nasce
Duro e rígido quando
morre
Tenras e flexíveis são
as plantas
Quando começam
Duras e rígidas quando
terminam.
Rígido e duro o que
sucumbe à morte
Tenro e plasmável o
que é repleto de vida
Quem julga ser forte
só pelas armas
Não vencerá
Árvores que parecem
possantes
Sempre se aproximam do
fim
Pelo que vale isto:
O que parece grande e
forte
Já está a caminho da
decadência
Mas o que é pequeno e
plasmável
Isto cresce.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
E é Carnaval, não me diga, mas quem é você?
Adoro Carnaval, aprendi desde criança a gostar. Meu bairro era muito festivo e todo ano tínhamos , no domingo de Carnaval, o banho à fantasia. Diversas pessoas das redondezas reuniam-se e formavam blocos de carnaval e desfilavam na rua principal com fantasias, enredo, alegorias. O detalhe é que eram todas fantasias de papel. Ao final do desfile, depois da escolha da campeã e dos premios, todo mundo caia na água, numa represa de um rio que, na época, ainda era aceitável entrar. Sei que a festa continua até hoje mas, com o passar do tempo, não é mais possível tomar banho de rio em função da poluição e então o carro pipa promove o desmanche das fantasias.
Há tempo pra tudo. Há tempo pra ser só folia. Celebrar tudo que somos e temos e tudo que podemos ser, marcar a passagem do tempo e das estações que trazem tantas mudanças. Afinal, depois do Carnaval vem o mês de março. Como diz o poeta : São as águas de março, fechando o verão, é promessa de vida no teu coração...
Estas festividades vão evoluindo. Ainda no período romano aparece como a Festividade da Saturnália, onde as pessoas, mascaradas, transitam pela cidade dentro de um “carrum navalis”. Desfilavam fazendo jogos e brincadeiras com aqueles que assistiam. A motivação ainda consistia na comemoração da colheita e abundância.
Incorporação pela Igreja.
No ano de 325 d/C no Concílio de Nicéia, o papa Silvestre I define o cálculo da data da Páscoa como sendo no primeiro domingo de lua cheia após o equinócio da primavera (data em que o dia e a noite têm a mesma duração) no hemisfério norte. Definida esta data, o carnaval vai entrar no calendário cristão como sendo imediatamente anterior a quarta-feira de cinzas. Não vamos detalhar, no entanto, todas estas datas têm uma numerologia esotérica que as justificam.
Mudança de foco da festa
Pertencendo ao calendário cristão, oficialmente no ano de 590 d/C o carnaval deixa de ser uma festa de comemoração da abundância da colheita para ser uma festa de “carnelevale” que quer dizer “adeus a carne” ou “ a carne nada vale”. O ritual da festa continua o mesmo. Vai haver uma grande mudança no foco da festa, pois esta passa a ser uma festa de limpeza, onde vale tudo. É um preparo para a entrada da quaresma. Neste período tudo é permitido para que se purifique a carne até a exaustão, pois ela “nada vale”. Durante este período, além da purificação da carne, purifica-se a vida do cotidiano e da vida mundana.
Entrando na quaresma
Com o término de todas estas festividades marca-se os últimos dias de liberdade para os povos antes de entrar no período de preparação e reflexões para reviver o caminho percorrido por Jesus Cristo na Terra.
Significado cristão do “carnelevale”
Através das brincadeiras, dos jogos, dos desfiles, das fantasias, das máscaras, todo cidadão deveria se libertar e se purificar de tudo que as forças telúricas, as forças de baixo, que prendem os homens ao terreno, à sexualidade, ao profano possam significar. E o vinho e a bebida eram liberados para que todos os demônios pudessem sair e purificar esta alma contaminada. Seria um processo de purificação da alma e do espírito.
4ª feira de cinzas
Depois de todo este processo de limpeza é o momento da queima. A cinza que vai se transformar na adubação do novo, da ressurreição. A carne que vai se purificar. Após esta data as pessoas deveriam entrar em um estado de purificação espiritual, não comer carne, jejuar, ficar em oração. São os 40 dias que lembram as 3 tentações de Jesus no deserto. O número 40 é bastante esotérico. Já começando pelos 40 anos no deserto que o povo passou com Moisés do Egito para a Terra Prometida. Deve ser um período de penitência onde, como aconteceu com Jesus, não se deve ceder às tentações do demônio.
Todo o Carnaval remete a todo um ritual, de celebração, momento de excessos. Mais gostoso ainda a preparação, a escolha das fantasias, o desfile, o momento de glória, um momento de permissão para mostrar você mesma ou fingir ser outra pessoa, afinal tudo se acaba na quarta feira. Vira cinzas. Desmancha no rio.
Celebramos o quê? De onde surgiu todo o rito da festa? A festa vem se reinventando, na alegria e descontração dos blocos de rua e na criatividade luxuosa dos desfiles de Escolas de Samba. .Pra quem gosta de entender a história que traz o significado. compartilho abaixo um texto que recebi da Associação Biográfica , contando um pouco da biografia do Carnaval.Há tempo pra tudo. Há tempo pra ser só folia. Celebrar tudo que somos e temos e tudo que podemos ser, marcar a passagem do tempo e das estações que trazem tantas mudanças. Afinal, depois do Carnaval vem o mês de março. Como diz o poeta : São as águas de março, fechando o verão, é promessa de vida no teu coração...
Carnaval – festa pagã que prepara para a quaresma por Berenice von Rückert*
OrigensSua origem remonta às festividades realizadas na Antiguidade por povos como os egípcios, hebreus, gregos e romanos para comemorar e celebrar as grandes colheitas. Eram festividades que duravam dias e tinham como ponto principal louvar as divindades pela abundância e alegria.
Na antiga Roma define-se o culto a Saturno (Kronos para os gregos), que era o deus da agricultura. Durante estas celebrações, conhecidas como “Saturnais” os escravos eram soltos e as pessoas dançavam na rua. Havia algumas alegorias de homens e mulheres que dançavam nus e se deliciavam regados a vinho agradando ao deus Baco/DionísioEstas festividades vão evoluindo. Ainda no período romano aparece como a Festividade da Saturnália, onde as pessoas, mascaradas, transitam pela cidade dentro de um “carrum navalis”. Desfilavam fazendo jogos e brincadeiras com aqueles que assistiam. A motivação ainda consistia na comemoração da colheita e abundância.
Incorporação pela Igreja.
No ano de 325 d/C no Concílio de Nicéia, o papa Silvestre I define o cálculo da data da Páscoa como sendo no primeiro domingo de lua cheia após o equinócio da primavera (data em que o dia e a noite têm a mesma duração) no hemisfério norte. Definida esta data, o carnaval vai entrar no calendário cristão como sendo imediatamente anterior a quarta-feira de cinzas. Não vamos detalhar, no entanto, todas estas datas têm uma numerologia esotérica que as justificam.
Mudança de foco da festa
Pertencendo ao calendário cristão, oficialmente no ano de 590 d/C o carnaval deixa de ser uma festa de comemoração da abundância da colheita para ser uma festa de “carnelevale” que quer dizer “adeus a carne” ou “ a carne nada vale”. O ritual da festa continua o mesmo. Vai haver uma grande mudança no foco da festa, pois esta passa a ser uma festa de limpeza, onde vale tudo. É um preparo para a entrada da quaresma. Neste período tudo é permitido para que se purifique a carne até a exaustão, pois ela “nada vale”. Durante este período, além da purificação da carne, purifica-se a vida do cotidiano e da vida mundana.
Entrando na quaresma
Com o término de todas estas festividades marca-se os últimos dias de liberdade para os povos antes de entrar no período de preparação e reflexões para reviver o caminho percorrido por Jesus Cristo na Terra.
Significado cristão do “carnelevale”
Através das brincadeiras, dos jogos, dos desfiles, das fantasias, das máscaras, todo cidadão deveria se libertar e se purificar de tudo que as forças telúricas, as forças de baixo, que prendem os homens ao terreno, à sexualidade, ao profano possam significar. E o vinho e a bebida eram liberados para que todos os demônios pudessem sair e purificar esta alma contaminada. Seria um processo de purificação da alma e do espírito.
4ª feira de cinzas
Depois de todo este processo de limpeza é o momento da queima. A cinza que vai se transformar na adubação do novo, da ressurreição. A carne que vai se purificar. Após esta data as pessoas deveriam entrar em um estado de purificação espiritual, não comer carne, jejuar, ficar em oração. São os 40 dias que lembram as 3 tentações de Jesus no deserto. O número 40 é bastante esotérico. Já começando pelos 40 anos no deserto que o povo passou com Moisés do Egito para a Terra Prometida. Deve ser um período de penitência onde, como aconteceu com Jesus, não se deve ceder às tentações do demônio.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Sobre a Aceitação
Recebi uma mensagem da
amiga Celia Zoccarato sobre Aceitação. E desde então fiquei pensando sobre o
tema. Esse sempre foi um tema difícil para mim. Não pelo entendimento lógico e
racional da palavra mas de ter que aceitar a Aceitação. Porque fui educada a
lutar pelo que eu quero, a buscar e abrir o meu próprio caminho, a acreditar na
força do meu pensamento e da minha vontade.
A aceitação sempre me remetia à
passividade. Afinal como saber a hora de parar e reconhecer o tempo de espera?
Sempre tive medo do comodismo, de dormir demais, de sonhar demais.
Aceitação, enfim,
implica em crer , já que por maior que
seja o nosso esforço , existe um tempo para acontecer, amadurecer e dar frutos. Exige tomar conhecimento do processo,
compreender o ritmo, refletir e aceitar. Pra não perder o time.
Gosto das palavras de Roberto Crema:
Aceitação não é conformismo, que fique bem claro! Trata-se de
alinhamento com a realidade. Para a transformação é necessário render-se
ao que é. Não está ao alcance dos despreparados. Só os que confiam, que aceitam
o que são e o que é.
Quando aceitamos o que estamos sendo, inclusive o nosso lado
sombrio, nos fazemos inteiros. Este processo de inteireza pessoal gera um
transbordamento de energia que nos impulsiona adiante, para a superação dos
impasses e transposição dos obstáculos. Quando nos aceitamos nos transcendemos,
naturalmente.
Apenas quem aceita a sua condição de ser prisioneiro, capacita-se para
empreender algum caminho, sempre árduo, de libertação. Apenas quem aceita a responsabilidade sobre sua vida, e deixa de ser vítima das
circunstancias, se torna capaz de
enfrentar e transformar esse destino e seu contexto.
Carl Rogers postulava que a pessoa dotada das capacidades de
aceitação incondicional do outro, empatia e congruência pessoal é facilitadora
de mudanças .
No meu trabalho de coaching, que tem como base a Antroposofia
e a construção da narrativa biográfica, estudo as variáveis que influenciam
a vida de uma pessoa em sua trajetória na vida. Assim como existem
características que nos constituem , como nossa hereditariedade genética, ou nosso temperamento, também é verdade que
somos dotados de capacidades de
transformar e reescrever a nossa estória.
Mas aceitar não é fácil. Implica em conhecer nossos limites. E passa pela Auto Aceitação, que é o primeiro passo para aceitação do outro. Quem se aceita abre-se naturalmente para aceitar o semelhante e os fatos. Torna-se íntegro, inteiro. Abre um espaço inteligente de compreensão. Faz-se agente facilitador da cura e da individuação ( seja lá em que nível de atuação esteja: psíquico, religioso, político, social, terapêutico)
quinta-feira, 9 de julho de 2015
O que é Holístico
Holística
Holos : todo, inteiro. Sendo holístico, portanto, a visão
que leva em consideração o todo e as partes. Como num holograma, o todo se
reflete também nas partes. Implica em refletir sobre a fragmentação , o reducionismo e o totalismo ; implica em inter
e transdisciplinaridade num reencontro
ente as ciências, artes, filosofias e tradições espirituais.
Ser consultor ou facilitador nessa visão significa ser
também terapeuta e entender o homem em sua inteireza e abraçar todas as partes
envolvidas no contexto, sem reduzir, sem totalizar.
Holístico
é ...
|
Holístico
é...
|
O encontro da simplicidade de homens de boa vontade
Despertar da sabedoria e do amor recalcados por toneladas de conceitos e preconceitos
Sala de reunião, teatro de arena, danças, estádios
|
Inter, trans e multidisciplinaridade
Storytelling
Narrativa
... E todas as trilhas que privilegiam o encontro do novo com o antigo, do convencional com o não convencional
... dos diálogos entre as individualiades , respeitando as diferenças e diversidades
|
E vieram dizer-nos
Que não havia jantar
Como se não houvesse outras fomes
E outros alimentos
Como se a cidade não nos servisse
O seu pão de nuvens.
Não, hoteleiro,
Nosso repasto é interior
E só pretendemos a mesa.
Comeríamos à mesa
Se no solo ordenassem
As escrituras
Tudo se come
Tudo se comunica
Tudo,
No coração,
É ceia.
Carlos Drummond de Andrade
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