tag:blogger.com,1999:blog-9231343907429071602024-03-04T20:42:55.063-08:00 Coaching e CotidianoPorque a vida não é feita somente de grandes acontecimentos mas principalmente de cenas e histórias da vida privada, das ruas, do mundo corporativo. Estórias vividas, encenadas ou ouvidas. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-22423199827287091262017-05-23T10:35:00.000-07:002017-05-23T10:35:23.659-07:00Minha mãe. Isolina. Filha de Lucinda e Camilo.<h3 class="graf--h3 graf-after--figure" id="afc8" name="afc8">
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Calibri;">Minha mãe. Isolina. Filha de Lucinda e Camilo.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">O final do ano de 2016 foi marcado por um evento muito
trágico na minha vida. E na vida de toda a família: minha mãe sofreu uma parada
cardíaca na rua, foi ressuscitada e, desde o dia 11 de dezembro, está em coma.
A principio na UTI e agora no quarto. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: small;">Esse
acontecimento, nos arrebatou e nos deixou a todos, filhas e netos,
desconectados, tentando descobrir afinal um sentido para o fato.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-size: small;">O imponderável
aconteceu em um momento que eu e minha mãe estudávamos nossa biografia,
decifrando o fio vermelho de nossas estórias, através da pesquisa da vida de
nossos antepassados, especialmente sobre a postura das mulheres da familia e a
influência disso nas nossas escolhas e decisões. </span><span style="font-size: small;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">Com o registro dos seus escritos e palavras, fica marcado para
mim em sua biografia, a trajetória da menina que nasceu de familia muito pobre
na pequena cidade de Ubá, interior do Estado de Minas Gerais. A sexta filha de
uma familia de 9 irmãos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: small;">Uma filha, como
os demais, que cresceu na dureza de sua realidade, com tão pouco afeto e poucos
recursos. De um pai de origem italiana muito rude e de uma mãe cabocla, bondosa,
mas preocupada com a sobrevivência de sua prole.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">Lembro das estórias da menina que saía de casa a pé e
descalça para a escola em um horário que era medido pela localização do sol
entrando pela porta da casa e marcando o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: small;">chão de terra batida; levava consigo um pedaço
de pau para se proteger no caminho e voltava carregando roupas das senhoras da
cidade para a mãe lavar. Vida dificil. </span><span style="font-size: small;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">Lembro de suas lembranças de ter que fazer os deveres da
escola debaixo do poste de luz na rua e de escovar os dentes com carvão em
pó.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: small;">Deve ter sido bom porque ela
conservou seus dentes originais e brancos. Da menina que era gulosa, desde
pequena, e não era só de comida; tinha fome de saber. </span><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-size: small;">Lembro ainda da menina que só podia coroar Santa
Teresinha nas festas da igreja, porque só as meninas ricas da cidade podiam
coroar Nossa Senhora. De sua devoção por Santa Teresinha, herdei o nome. </span><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-size: small;">A menina demorou para ter um sapato de
verdade. A menina foi introduzida muito cedo no trabalho na fábrica para poder ajudar
a família. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">A adolescente continua sua busca pela espiritualidade e se
torna filha de Maria. Encontrou o amor, que se transformou no marido e juntos
tiveram três filhos, esse amor, no entanto, não chegou a preencher o espaco e a
necessidade de afeto e segurança.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span></span><span style="font-size: small;">Repetindo a estória de sua mãe, já numa nova versão, viveu preocupada
com a sobrevivência da famíia e em dar um destino pessoal e profissional melhor
para os filhos, cavando oportunidades. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Calibri;">Herdou a coragem e o ensinamento de minha avó Lucinda, que
saiu da pequena cidade para dar vida melhor para os filhos. Independência
sempre foi o seu lema. Para o bem e para o mal, ela descobriu logo cedo que
precisava contar consigo mesma sempre. Não sobrou espaço para reproduzir muito
afeto. Demonstrava seu amor com dedicação. Com comprometimento. E senso de
justiça. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">Mulher-mãe passou pelo maior sofrimento de perder um filho. Depois
disso foi capaz de sobreviver a outros tantos momentos dificeis, caiu e se
levantou muitas vezes. E pareceu ser imbatível para o câncer e suas
consequências, para os atropelamentos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: small;">e
traumatismos. Nós, filhas e neto (a) s assistíamos a sua luta e nos acostumamos
a vê-la sair vitoriosa de tudo. Mulher de muitas vidas. E por isso colocamos
toda fé na sua força imbatível e retorno. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">Esperávamos que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: small;">mais
uma vez, ao ser confrontada </span><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-size: small;">por uma
parada cardíaca ,retornasse de sua morte súbita. </span><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-size: small;">Ela retornou, de certa forma, demonstrando sua
força física e vitalidade, mas não da mesma forma. Acordada sim, mas para o
outro lado da vida. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">Talvez agora ela esteja repassando sua biografia e
conseguindo entender o fio vermelho de sua estória. Fazendo um balanço <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: small;">e contabilizando suas grandes conquistas e o
sentido para as suas perdas e desejos não realizados.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: small;">Do lado de cá, tentamos nos acostumar com sua ausência. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: small;">Como nos fez fortes para enfrentar a vida, permanecemos
ao seu lado, amparando, assistindo e resignando-nos com o propósito divino. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Calibri;">Com seus escritos darei continuidade à nossa estória.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: small;">
</span></h3>
<h3 class="graf--h3 graf-after--figure" name="afc8">
</h3>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-65630992097027103652016-09-19T12:59:00.001-07:002017-05-23T10:03:01.339-07:00Falando de conflitosFalando de Conflito<br />
<br />
Lidar com situações de conflito, em qualquer âmbito é sempre um desafio, pelo enorme poder devastador que ele pode causar. A boa notícia é que situações de conflito podem ter efeitos construtivos. E logicamente tudo depende da forma como enxergamos e trabalhamos. Fugir ou negar nunca será a melhor alternativa. Saber e tomar conhecimento de que existem metodologias para trabalhar situações de conflito e colocá-las em prática é provavelmente a melhor solução.<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-29276755487243339492016-07-06T19:22:00.003-07:002016-07-06T19:22:47.264-07:00A vida é feita de escolhas
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“A vida é feita de escolhas a
partir do conhecimento e da vivência diária, aonde descobrimos e aprendemos:</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">ü<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: Calibri;">aquilo
que nos constrói, </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">ü<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: Calibri;">aquilo
que não vale a pena, e que nem sempre é bom, </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">ü<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: Calibri;">quais
são nossos limites, o que é possível, o que é inaceitável.” </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“A narrativa de nossa estória não
é construída somente com os grandes acontecimentos mas particularmente com as
experiências diárias, cara a cara com as situações da vida. Que estória você
quer contar? Ou deixar para que contem sobre você?” </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No processo de coaching esses acontecimentos,
sentimentos e ações são resgatados. E passam a fazer parte do arsenal de talentos
que herdamos ou construímos ao longo da vida. Trabalhamos com esses recursos e
talentos do próprio coachee para solucionar questões presentes. Porque a
resposta já existe. Cabe ao coach fazer as perguntas certas que contribuirão
para que o coachee acesse o seu fabuloso repertório interno. </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A nossa história, ancestralidade,
temperamentos e atitudes são refletidas nas nossas decisões, escolhas e
caminhos. Ao longo do caminho, em
contato com os eventos e desafios cotidianos e a necessidade de repensar e
recriar , adicionamos outras capacidades, outros talentos,
incrementando o nosso repertório interno. Nos tornamos vastos. E nem nos damos conta do
motivo de nossas escolhas ao longo do tempo. Quem somos afinal, em toda
nossa plenitude?</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A leitura da carta biográfica nos
permite a reconexão com a história de vida e visualizar, qual foi a tônica de
cada setênio. Qual afinal é minha missão
de vida.</span></div>
<span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br clear="all" style="mso-special-character: line-break; page-break-before: always;" />
</span>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>vAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-49440213352283945922016-06-02T06:19:00.000-07:002016-06-02T06:58:12.709-07:00A Luta e o Conflilto<em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></em><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";"><strong>Luta e Conflito</strong><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiarJSUtAXrIRVUQHz66IbEawvpK5Pu6Lo6Ii_6Ibl5YKqgvGn4nu4VkFZXgnYDHDjjsjZMp_1nMCOR89lYP6cK2IiPPBAq7mFg_UDHBg_cnH9hH7yCd2wEg9G8SuFY7AKUk9-sP7gfA60/s1600/Aikido%252520people.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiarJSUtAXrIRVUQHz66IbEawvpK5Pu6Lo6Ii_6Ibl5YKqgvGn4nu4VkFZXgnYDHDjjsjZMp_1nMCOR89lYP6cK2IiPPBAq7mFg_UDHBg_cnH9hH7yCd2wEg9G8SuFY7AKUk9-sP7gfA60/s1600/Aikido%252520people.jpg" /></a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";"><em>O sábio é o que nunca luta<o:p></o:p></em></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Todo problema psíquico consiste em se estar bloqueado em
algum ponto do processo evolutivo, sem poder prosseguir no natural vir-a-ser da
vida saudável, fluida e em harmonia com a natureza.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">O autêntico e construtivo poder consiste em não opor jamais
força com força. E isto não é mera teoria, é uma experiência que pode ser
comprovada , por exemplo, com <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com a
prática de artes marciais. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Percebi isso
pessoalmente na prática do Tai Chi e , recentemente, na prática do Aikido.
Muito revelador perceber a teoria na prática.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">O Aikido permite sentir na própria pele e no corpo que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a oposição ao outro enfraquece, e o contrário
( não opor-se) fortalece.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A prática,
portanto, promove, além da saúde e integração psico-física-cósmica, o
aperfeiçoamento nesta delicada arte e sabedoria oriental de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">agir pelo não agir.</i><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Aikido é uma arte marcial japonesa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>relativamente recente , fundada pelo mestre
Morihey Uyeshiba e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>significa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“o caminho da harmonia com o Espírito do
Universo”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Seu princípio básico é a de
que a verdadeira defesa pessoal não é vencer outras pessoas e sim <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vencer a discórdia dentro de si mesmo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 35.4pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Uyeshiba<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>observou o quanto, ao
envelhecermos , vamos nos tornando rígidos , duros, até ao extremo de não
conseguirmos realizar movimentos básicos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Associou o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>relaxamento com a vida e a rigidez com a
morte. <o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 35.4pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">No Aikido o lutador ( ou não lutador) atua, todo o tempo, profundamente
relaxado, concentrado no ponto uno do abdômen inferior, donde projeta o ki, a
energia vital e o “espírito do Universo” em movimentos circulares e
infinitos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No Aikido não existe inimigo
e sua busca é a de estar em harmonia e não em conflito com o oponente.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">O papel do facilitador e/ou líder facilitador, em qualquer
processo é a arte de lidar com a resistência, para que as pessoas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>possam <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>abrir caminho para si mesmas, seguindo
adiante.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">A resistência precisa, a principio, ser respeitada e não
“quebrada” . Quando se quer “quebrar a couraça” do cliente, o que se faz na
verdade é opor força com força, resistência com resistência e isto é uma briga,
um jogo de poder.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Tenro e flexível é o
homem quando nasce<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Duro e rígido quando
morre<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Tenras e flexíveis são
as plantas<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Quando começam<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Duras e rígidas quando
terminam.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Rígido e duro o que
sucumbe à morte<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Tenro e plasmável o
que é repleto de vida<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Quem julga ser forte
só pelas armas<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Não vencerá<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Árvores que parecem
possantes<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Sempre se aproximam do
fim<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Pelo que vale isto:<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">O que parece grande e
forte<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Já está a caminho da
decadência<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Mas o que é pequeno e
plasmável<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">Isto cresce.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiarJSUtAXrIRVUQHz66IbEawvpK5Pu6Lo6Ii_6Ibl5YKqgvGn4nu4VkFZXgnYDHDjjsjZMp_1nMCOR89lYP6cK2IiPPBAq7mFg_UDHBg_cnH9hH7yCd2wEg9G8SuFY7AKUk9-sP7gfA60/s1600/Aikido%252520people.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a> </div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "calibri";">(Lao Tse)<o:p></o:p></span></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-40733769332646907032016-02-05T05:53:00.000-08:002016-02-05T09:41:06.047-08:00E é Carnaval, não me diga, mas quem é você?
<span style="color: #674ea7; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><em>Adoro Carnaval, aprendi desde criança a gostar. Meu bairro era muito festivo e todo ano tínhamos , no domingo de Carnaval, o banho à fantasia. Diversas pessoas das redondezas reuniam-se e formavam blocos de carnaval e desfilavam na rua principal com fantasias, enredo, alegorias. O detalhe é que eram todas fantasias de papel. Ao final do desfile, depois da escolha da campeã e dos premios, todo mundo caia na água, numa represa de um rio que, na época, ainda era aceitável entrar. Sei que a festa continua até hoje mas, com o passar do tempo, não é mais possível tomar banho de rio em função da poluição e então o carro pipa promove o desmanche das fantasias.</em></span><br />
<h2>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #674ea7;"><span style="font-size: small;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><em>Todo o Carnaval remete a todo um ritual, de celebração, momento de excessos. Mais gostoso ainda a preparação, a escolha das fantasias, o desfile, o momento de glória, um momento de permissão para mostrar você mesma ou fingir ser outra pessoa, afinal tudo se acaba na quarta feira. Vira cinzas. Desmancha no rio.</em></span></span></span></span></span></h2>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #674ea7;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><em>Celebramos o quê? De onde surgiu todo o rito da festa? A festa vem se reinventando, na alegria e descontração dos blocos de rua e na criatividade luxuosa dos desfiles de Escolas de Samba. .</em><em>Pra quem gosta de entender a história que traz o significado. </em></span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><em>compartilho abaixo um texto que recebi da Associação Biográfica , contando um pouco da biografia do Carnaval. </em></span></span></span></span><br />
<em><span style="color: #674ea7; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></em><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #674ea7;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>Há tempo pra tudo. Há tempo pra ser só folia. C</em><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><em>elebrar tudo que somos e temos e tudo que podemos ser, marcar a passagem do tempo e das estações que trazem tantas mudanças. Afinal, depois do Carnaval vem o mês de março. Como diz o poeta : São as águas de março, fechando o verão, é promessa de vida no teu coração...</em></span></span></span></span><br />
<em><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></em><br />
<h2 style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #6aa84f;">Carnaval – festa pagã que prepara para a quaresma <span style="font-size: xx-small;">por Berenice von Rückert*</span></span></span></span></span></span></h2>
<strong><span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Origens</span></strong><br />
<h2>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #6aa84f;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: small;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: xx-small;">Sua origem remonta às festividades realizadas na Antiguidade por povos como
os egípcios, hebreus, gregos e romanos para comemorar e celebrar as grandes
colheitas. Eram festividades que duravam dias e tinham como ponto principal
louvar as divindades pela abundância e alegria.</span></span></span></span></span></h2>
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na antiga Roma define-se o culto a Saturno (Kronos para os gregos), que era o
deus da agricultura. Durante estas celebrações, conhecidas como “Saturnais” os
escravos eram soltos e as pessoas dançavam na rua. Havia algumas alegorias de
homens e mulheres que dançavam nus e se deliciavam regados a vinho agradando ao
deus Baco/Dionísio</span><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estas festividades vão evoluindo. Ainda no período romano aparece como a
Festividade da Saturnália, onde as pessoas, mascaradas, transitam pela cidade
dentro de um “carrum navalis”. Desfilavam fazendo jogos e brincadeiras com
aqueles que assistiam. A motivação ainda consistia na comemoração da colheita e
abundância.</span><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><strong><br /><span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Incorporação pela Igreja.</span></strong><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
No ano de 325 d/C no Concílio de Nicéia, o papa Silvestre I define o cálculo
da data da Páscoa como sendo no primeiro domingo de lua cheia após o equinócio
da primavera (data em que o dia e a noite têm a mesma duração) no hemisfério
norte. Definida esta data, o carnaval vai entrar no calendário cristão como
sendo imediatamente anterior a quarta-feira de cinzas. Não vamos detalhar, no
entanto, todas estas datas têm uma numerologia esotérica que as justificam.</span><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><strong><br /><span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mudança de foco da festa</span></strong><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
Pertencendo ao calendário cristão, oficialmente no ano de 590 d/C o carnaval
deixa de ser uma festa de comemoração da abundância da colheita para ser uma
festa de “carnelevale” que quer dizer “adeus a carne” ou “ a carne nada vale”. O
ritual da festa continua o mesmo. Vai haver uma grande mudança no foco da festa,
pois esta passa a ser uma festa de limpeza, onde vale tudo. É um preparo para a
entrada da quaresma. Neste período tudo é permitido para que se purifique a
carne até a exaustão, pois ela “nada vale”. Durante este período, além da
purificação da carne, purifica-se a vida do cotidiano e da vida mundana.</span><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><strong><br /><span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entrando na quaresma</span></strong><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
Com o término de todas estas festividades marca-se os últimos dias de
liberdade para os povos antes de entrar no período de preparação e reflexões
para reviver o caminho percorrido por Jesus Cristo na Terra.</span><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><strong><br /><span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Significado cristão do “carnelevale” </span></strong><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
Através das brincadeiras, dos jogos, dos desfiles, das fantasias, das
máscaras, todo cidadão deveria se libertar e se purificar de tudo que as forças
telúricas, as forças de baixo, que prendem os homens ao terreno, à sexualidade,
ao profano possam significar. E o vinho e a bebida eram liberados para que todos
os demônios pudessem sair e purificar esta alma contaminada. Seria um processo
de purificação da alma e do espírito.</span><br />
<span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><strong><br /><span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4ª feira de cinzas </span></strong><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #6aa84f; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
Depois de todo este processo de limpeza é o momento da queima. A cinza que
vai se transformar na adubação do novo, da ressurreição. A carne que vai se
purificar. Após esta data as pessoas deveriam entrar em um estado de purificação
espiritual, não comer carne, jejuar, ficar em oração. São os 40 dias que lembram
as 3 tentações de Jesus no deserto. O número 40 é bastante esotérico. Já
começando pelos 40 anos no deserto que o povo passou com Moisés do Egito para a
Terra Prometida. Deve ser um período de penitência onde, como aconteceu com
Jesus, não se deve ceder às tentações do demôn</span>io.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-56005163384115722982015-08-25T14:42:00.000-07:002015-08-25T14:42:57.625-07:00Sobre a Aceitação
<br />
<div align="right" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Calibri;">Recebi uma mensagem da
amiga Celia Zoccarato sobre Aceitação. E desde então fiquei pensando sobre o
tema. Esse sempre foi um tema difícil para mim. Não pelo entendimento lógico e
racional da palavra mas de ter que aceitar a Aceitação. Porque fui educada a
lutar pelo que eu quero, a buscar e abrir o meu próprio caminho, a acreditar na
força do meu pensamento e da minha vontade.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>A aceitação sempre me remetia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>à
passividade. Afinal como saber a hora de parar e reconhecer o tempo de espera?
Sempre tive medo do comodismo, de dormir demais, de sonhar demais.</span></div>
<br />
<div align="right" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Calibri;">Aceitação, enfim,
implica em crer , já que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>por maior que
seja o nosso esforço , existe um tempo para acontecer,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>amadurecer e dar frutos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Exige tomar conhecimento do processo,
compreender o ritmo, refletir e aceitar. Pra não perder o time.</span></div>
<br />
<div align="right" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Calibri;">Gosto das palavras de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Roberto Crema: </span></div>
<br />
<div align="right" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Aceitação não é conformismo, que fique bem claro! Trata-se de
alinhamento com a realidade. Para a transformação é necessário<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>render-se<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>ao que é. Não está ao alcance dos despreparados. Só os que confiam, que aceitam
o que são e o que é.</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Quando aceitamos o que estamos sendo, inclusive o nosso lado
sombrio, nos fazemos inteiros. Este processo de inteireza pessoal gera um
transbordamento de energia que nos impulsiona adiante, para a superação dos
impasses e transposição dos obstáculos. Quando nos aceitamos nos transcendemos,
naturalmente.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<br />
<div align="right" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: right;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Apenas quem aceita a sua condição de ser prisioneiro, capacita-se para
empreender algum caminho, sempre árduo, de libertação. Apenas quem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aceita a responsabilidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobre sua vida, e deixa de ser vítima das
circunstancias, se torna capaz de<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>enfrentar e transformar esse destino e seu contexto.</span></i></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Carl Rogers postulava que a pessoa dotada das capacidades de
aceitação incondicional do outro, empatia e congruência pessoal é facilitadora
de mudanças .<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">No meu trabalho de coaching, que tem como base a Antroposofia
e a construção da narrativa biográfica, estudo as variáveis que influenciam
a vida de uma pessoa em sua trajetória na vida. <span style="mso-spacerun: yes;"> A</span>ssim como existem
características que nos constituem , como nossa hereditariedade genética,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ou nosso temperamento, também é verdade que
somos dotados de capacidades <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de
transformar e reescrever a nossa estória.</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><em>Mas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aceitar não é fácil. Implica em conhecer nossos limites. E passa pela Auto Aceitação, que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é o primeiro passo para aceitação do outro. Quem se aceita abre-se naturalmente para aceitar o semelhante e os fatos. Torna-se íntegro, inteiro. Abre um espaço inteligente de compreensão. Faz-se agente facilitador da cura e da individuação ( seja lá em que nível de atuação esteja: psíquico, religioso, político, social, terapêutico)</em></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-74967959817530667402015-07-09T07:29:00.001-07:002015-07-09T07:29:37.312-07:00O que é Holístico<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 1pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><w:sdtpr></w:sdtpr><w:sdt docpart="1D0C234A5ABE495C87BE553D69C64E9C" id="89512082" storeitemid="X_51738503-7106-4D16-B6FD-D548C7B95BD7" text="t" title="Título da Postagem" xpath="/ns0:BlogPostInfo/ns0:PostTitle"></w:sdt></span>
<br />
<div class="Publishwithline" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<strong><span style="font-size: large;"><span style="color: #17365d;"><span style="font-family: Calibri;">Holística<o:p></o:p><w:sdtpr></w:sdtpr></span></span></span></strong></div>
<br />
<div style="border-color: currentColor currentColor rgb(79, 129, 189); border-style: none none solid; border-width: medium medium 1pt; mso-border-bottom-themecolor: accent1; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 2pt;">
<div class="underline" style="margin: 2pt 0cm 0pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri; font-size: xx-small;"> </span></o:p></div>
</div>
<br />
<div class="PadderBetweenControlandBody" style="margin: 0cm 0cm 6pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri; font-size: xx-small;"> </span></o:p><span style="font-family: Calibri;">E o que é holístico, afinal?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Holos : todo, inteiro. Sendo holístico, portanto, a visão
que leva em consideração o todo e as partes. Como num holograma, o todo se
reflete também nas partes. Implica em refletir sobre a fragmentação , o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>reducionismo e o totalismo ; implica em inter
e transdisciplinaridade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>num reencontro
ente as ciências, artes, filosofias e tradições espirituais.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Ser consultor ou facilitador nessa visão significa ser
também terapeuta e entender o homem em sua inteireza e abraçar todas as partes
envolvidas no contexto, sem reduzir, sem totalizar.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: currentColor; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;">
<td style="background-color: transparent; border: 1pt solid windowtext; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 332.75pt;" valign="top" width="444">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Holístico
é ...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
</td>
<td style="background-color: transparent; border-color: windowtext windowtext windowtext rgb(0, 0, 0); border-style: solid solid solid none; border-width: 1pt 1pt 1pt 0px; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 14cm;" valign="top" width="529">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Holístico
é...<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="background-color: transparent; border-color: rgb(0, 0, 0) windowtext windowtext; border-style: none solid solid; border-width: 0px 1pt 1pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 332.75pt;" valign="top" width="444">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O encontro da simplicidade de homens de boa vontade</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Despertar da sabedoria e do amor recalcados por toneladas de conceitos e preconceitos</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Sala de reunião, teatro de arena, danças, estádios </span></div>
</td>
<td style="background-color: transparent; border-color: rgb(0, 0, 0) windowtext windowtext rgb(0, 0, 0); border-style: none solid solid none; border-width: 0px 1pt 1pt 0px; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 14cm;" valign="top" width="529">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Inter, trans e multidisciplinaridade</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Storytelling</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Narrativa</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">... E todas as trilhas que privilegiam o encontro do novo com o antigo, do convencional com o não convencional</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">... dos diálogos entre as individualiades , respeitando as diferenças e diversidades</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">E vieram dizer-nos</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Que não havia jantar</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Como se não houvesse outras fomes</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">E outros alimentos</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></i></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Como se a cidade não nos servisse</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">O seu pão de nuvens.</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Não, hoteleiro,</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Nosso repasto é interior</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">E só pretendemos a mesa.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></i></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Comeríamos à mesa</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Se no solo ordenassem</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">As escrituras</span></i></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Tudo se come</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Tudo se comunica</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Tudo,</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">No coração,</span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">É ceia.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></i></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Calibri;">Carlos Drummond<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de Andrade<o:p></o:p></span></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-353595688534146132015-06-19T21:28:00.001-07:002015-06-19T21:28:56.773-07:00Vocação<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vocação<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Jesus disse: </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“ Se manifestarem
aquilo que tem em si, isso que manifestarem os salvará. Se não manifestarem o que tem em si, isso que
não manifestarem os destruirá”.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vocação transcende o conceito de especialização. Indica a
integração do pensar, sentir e querer humanos. Traz consigo uma visão de
totalidade e a consciência da inteireza.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Realizar a vocação é um privilégio e um direito a ser
alcançado. Saber o objetivo pelo qual
animamos o próprio corpo é o grande desafio do autoconhecimento.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Carl Gustav Jung com
mais de setenta anos, iniciou a sua impactante autobiografia, com uma
portentosa afirmação : “Minha vida é a história de um inconsciente que se
realizou”. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acredita-se, desde os tempos dos terapeutas de Alexandria
que uma das tarefas fundamentais da evolução é cuidar dos desejos ou alcançar o
equilíbrio com os mais intimo desejos. O desejo mais profundo do ser humano é o da auto -realização . Pecado
portanto, é não ser.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entendo que essa seja nossa principal missão : sermos felizes e realizarmos o que viemos fazer aqui. Só assim promovemos </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">paz , abundância e </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">realização ao nosso redor . O contrário disso são conflitos, </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">frustrações, maremotos, tempestades...</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na ocasião do ajuste de contas final, no findar de nossas
existências a grande pergunta que lhe
será feita será : Voce foi você mesmo? O que você fez com os talentos que lhe
foram confiados? </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A porta que se abrirá
será aquela na qual batermos. Se batemos na porta da patologia, a patologia
será a nossa anfitriã. Se batemos na porta de sat-chit-ananda o potencial
máximo comparecerá.<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os terapeutas atuais , sejam eles clínicos, holísticos, coaches, mentores, tem uma grande tarefa pela frente : auxiliar
o homem , grupos e organizações a
encontrarem o seu caminho e partir rumo a realização.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu estou por aqui desenvolvendo minha estória e biografia
e buscando auxiliar aqueles que queiram
construir as suas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alguns trechos
retirados do livro <i>Saúde e Plenitude: Um caminho para o Ser</i> – Roberto Crema – pg: 99 a
104</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-28735319474907716052014-07-10T20:43:00.000-07:002014-07-10T20:49:38.396-07:00Em tempo de Copa do Mundo.<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não vemos as coisas como elas são, vemos as coisas como nós
somos” (Talmude )</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Estivemos em tempo de manifestações, agora estamos em tempo
de Copa do Mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Temporariamente nos calamos. Por alguns dias, nos demos uma
trégua para acompanhar a seleção brasileira, que esteve amplamente promovida por todos os meios de
comunicação. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Vínhamos num mar crescente
de revoltas, de piquetes, depredações, e xingamentos. Estávamos carentes de
fantasia, carentes e desprevinidos;e aí um
vento soprou em nossos ouvidos com a possibilidade do êxtase: vencer a Copa. Sim, inconsciente pensamos : porque
não nos permitirmos ouvir o canto das sereias?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Por onde andaram os protestos reclamando mais investimento
em saúde, transporte público, educação, saneamento básico, moralização na
política, etc. Por onde andaram as notícias de depredações, piquetes,black block?
Ajudados pela mídia, fomos presenciando
a chegada em massa de estrangeiros, a abertura da Copa. Assistimos o movimento de
chegada dos times, e finalmente o início dos jogos, que foram ficando agradáveis,
surpreendentes, mágicos. Copacabana e Fifa Fun Fest. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">"Pães
de Ácucar, Corcovados... Água mole.Pedra
dura. Tanto bate que não sobrara nem pensamento”</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A nossa rotina foi quebrada e as saídas antecipadas do
trabalho nos mobilizaram e mesmo os mais céticos e arredios ao futebol entraram momentaneamente naquele bolsão de alegria. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A receptividade brasileira
sendo elogiada aos quatro cantos. Deu tudo certo. Estranhávamos esse sucesso porque os prognósticos
eram de completo fracasso. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O país parecia maquiado e maquinado para que tudo desse
certo até o final. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Até que um viaduto desabou...
até que a sujeira</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">da venda de ingressos
veio à tona... até o Neymar se despedir da Copa... e até à última terça feira,
quando o país emudeceu, estupefato, diante daquele jogo Brasil x Alemanha</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Silêncio total.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">acordamos.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E nos demos conta, gradativamente, de que não temos uma
seleção dos sonhos e </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">de que o nosso país
continua o mesmo, agora sem fantasia. Após a</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> partida dos estrangeiros, que</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">agora mais nos parecem forasteiros, até invasores
e porque não dizer,voltaremos a nos ver.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não por acaso perdemos para a Alemanha. Para um país e um
time que apresenta solidez ,adquirida a duras penas. Solidez oriunda de técnica apurada , de uma estrutura baseada em disciplina, esmero técnico,inteligência tática. Amadurecimento porque se
olham de frente. Solidez individual e de grupo.Consciência de que não se constrói o sucesso sustentado somente na
performance individual. Porque foram sólidos mas não se enrijeceram.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">No mundo corporativo algumas empresas também já se deram
conta de que a competência e o talento </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">por si só não ganham campeonatos. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E nem mesmo a genialidade de um fundador ou de
um líder garante a sua permanência no cenário.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Porque alguns j</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">á sabem</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> que só existe</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">competência </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">quando há entrega ou resultado. Ou seja, por
mais que se tenha conhecimentos, habilidades e atitudes ,se não vier acompanhada de estratégia e</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">
</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">inteligência</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">tática e objetivos
muito bem definidos, além de estrutura, </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">não se sai vencedor.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E menos ainda se</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> o </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">alicerce estiver calçado em
desempenhos individuais. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Porque se sabe também que só em grupo se consegue preencher todas as lacunas de desempenho.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Enfim, já passou o tempo em que se podia contar com o improviso, com o
gingado, com performances individuais ou com esperteza . Ou somente com a inspiração,
tão relativa. No contexto atual, a sorte
só se encontra com a técnica. E o estado da arte só se alcança com a maestria.
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Mesmo que ainda sobrem exemplos vivos de uma atuação ultrapassada, elas não se sustentarão por mais tanto tempo. Porque o tempo urge. E não há mais espaço
para seres humanos desconectados e desconexos. O preço a pagar é muito alto para correr o risco com </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">“ apagões” de performance.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Devemos agora encarar os fatos como oportunidade de aprendizado, tanto com os fracassos como com os sucessos que também foi uma
surpresa).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E teremos muitas reflexões a fazer. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Como indivíduos, o quanto temos de atitudes parecidas com a
daqueles jogadores no meio do campo? Estamos preparados? Quantas vezes o concorrente ou adversário ainda será mais forte? Ou nós é que ficamos
dominados pelo sentimento de menos valia e esquecemos tudo que sabemos? Do que temos medo? Onde está nossa fraqueza?
Nos conhecemos, sabemos dos nossos recursos e como utiliza-los? Estudamos o
adversário? Temos fôlego para enfrentá-lo ? Sabemos quem está ao nosso lado e quais são os recursos de que dispomos?
Conhecemos o nosso time? Somos um time, afinal com propósitos coletivos ou
queremos uma oportunidade de promoção pessoal? O que nos motiva? O que nos leva
a enfrentar todos os obstáculos, com destemor?
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A única certa é que não podemos desistir
porque o jogo não para,o tempo não para. Parar fica pior.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E as organizações,especialmente as brasileiras, não precisariam passar por essa reflexão?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E nós como povo brasileiro e como nação não deveríamos também nos deitar
no divã?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Em que queremos nos tornar?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-25751799584683106312014-04-29T10:24:00.000-07:002014-04-29T10:25:22.574-07:00O processo de coaching como despertar da consciência<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>O processo de coaching e aconselhamento, especialmente o life coaching tem um papel fundamental <span style="font-size: small;">n<span style="font-size: small;">o despertar de consciência porque, atrav<span style="font-size: small;">és de técnicas e perguntas<span style="font-size: small;"> pertinentes, <span style="font-size: small;">levamos o coachee a acessar ar<span style="font-size: small;">quivos, emoções e desejos muitas vezes adormecidos<span style="font-size: small;"> e que poderá leva<span style="font-size: small;">-lo a encontrar o seu ob<span style="font-size: small;">jetivo primordial e<span style="font-size: small;"> </span></span>ter uma atitu<span style="font-size: small;">de mais positiva e saud<span style="font-size: small;">ável na condu<span style="font-size: small;">ção de sua<span style="font-size: small;"> vida e do <span style="font-size: small;">contexto ao seu redor.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></i></span></span><i> </i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Os orientais definem que a causa do sofrimento é a ignorância. Nós
sofremos não apenas por nossas doenças. Sofremos também por essa ignorância
fundamental que é o esquecimento do SER que nós somos. Se quisermos que haja
menos sofrimento no mundo precisamos começar, talvez e em primeiro lugar, pelo
ato de conhecimento e de fé que é irmos ao encontro de nós mesmos.</i></span></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">No cotidiano...</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">E</span>stava
numa cafeteria no shopping esperando vaga em uma mesa para me sentar. Ao meu
lado havia um casal, também aguardando.
Finalmente surgiu uma vaga e, antes mesmo que eu e o casal pudéssemos nos
mover, entra uma mulher empunhando algumas bolsas e um sal<span style="font-size: small;">to alto, acompanhada de <span style="font-size: small;">um casal </span></span>de filhos e
marido, todos carregados de bolsas. <span style="font-size: small;">O</span>cuparam a mesa. <span style="font-size: small;">Fi</span>camos sem reação, estupefatos, porque percebemos que eles não
nos enxergaram. A atendente, muito sem jeito, comunicou o fato à jovem senhora
e ela finalmente levantou a cabeça e olhou em volta e descobriu que estávamos
ali. E que aquele lugar não <span style="font-size: small;">estava ali para ela, como por encanto.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"> </span> </span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Posso afirmar<span style="font-size: small;">,</span>sem
sombra de dúvidas<span style="font-size: small;">, </span>que a atitude daquela mulher
não foi motivada por esperteza, ou senso de oportunidade ou mesmo por desligamento. Nem somente falta de educação. Embora seja tudo
isso junto<span style="font-size: small;">!!</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"> </span> </span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Sua atitude representa,
para mim, um comportamento social muito estudado e cada vez mais freqüente: a inconsciê<span style="font-size: small;">ncia ou o sonambulismo social.<span style="font-size: small;"> Falo de pessoas </span></span>que permanecem grande parte do tempo e de suas
vidas tão ocupadas com o atendimento de
seus desejos mais básicos e/<span style="font-size: small;">ou imediatos</span>, que acab<span style="font-size: small;">a</span>m
por esquecer e afastar-se do SER e do desejo primordial. Pessoas que <span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">simplesmente vivem, afastadas e inconscientes do universo que as rodeiam. </span></span>Para grande parte os dias e as noites se sucedem, numa dança
monótona e repetitiva, sem sentido. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Ter consciência
não capacita uma pessoa a lidar com essa incompetência social. Mas ajuda a
nortear as ações e decisões. E acho que
devemos fazer um esforço consciente de nos mantermos acordado. E andarmos
consciente. Olhar para o lado e não só
para frente. <span style="font-size: small;">E</span>nxergar
que além do eu, existe um mundo e que minhas as ações afetam o
universo ao redor. E que as coisas consideradas normais não devem ser aceitas,
simplesmente porque o senso coletivo não questiona.</span></span></span></span> </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">O pior é que
temos a tendência a acreditar que isso é normal. Anormal, portanto, é perceber e questionar. O perigo é nos deixarmos
embalar por esse canto sedutor da sereia que é acomodação e <span style="font-size: small;"></span>percebermos com o passar dos anos que dormimos demais, observamos pouco<span style="font-size: small;"> e </span>decidimos menos ainda. E a vida
nos levou.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Nem relaxado,
nem tensionado. Atento.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Jean Yves Leloup
menciona que nada causa mais agitação e sofrimento às pessoas e aos que estão
ao seu redor do que uma pessoa afastada do seu objetivo primordial: SER. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Segundo Pierre
Weill: </span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>“Há na maioria dos nossos contemporâneos
uma crença bastante enraizada. Segundo esta, tudo o que a maioria das pessoas
pensa, sente, acredita ou faz, deve ser considerado como normal e, por
conseguinte servir de guia para o comportamento de todo mundo e mesmo de
roteiro para a educação. Certos fatos e descobertas recentes sobre origens do
sofrimento e de doenças e, sobretudo sobre as guerras, a violência e a
destruição ecológica estão a contestar e questionar seriamente a normalidade de
certas "normas" ditadas pela sociedade através dos consensos
existentes. Está se descobrindo que muitas normas sociais atuais ou passadas,
levam ou levaram ao sofrimento moral ou físico ou mesmo de indivíduos, de
grupos, de coletividades inteiras ou mesmo de espécies vivas” </i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-28330527486122098162014-03-30T18:42:00.000-07:002014-03-30T18:43:44.177-07:00O pensar, o sentir e o querer<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O pensar, o sentir e o
querer.<o:p></o:p></span></span></b><br />
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Voltei
ao Rio após quatro dias internada em um curso de formação no interior de São Paulo, num mosteiro beneditino, sem meio de comunicação disponível. Apenas alguns pontinhos de conexão no celular. Assim mesmo em locais e horários
distintos. Mas o lugar era incrível, com
direito a missa e canto gregoriano.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Éramos,
no curso, um grupo de 31 pessoas, com idades, origens e ocupações distintas. E
motivos diversos também. A tônica ficou na busca: por mais conhecimento, mais
habilidade, respostas e ferramentas mais técnicas para aplicar em suas vidas ou
empresas. Alguns em fase de transição de carreira ou de sucessão nas empresas
de família, outros buscando embasamento para tomada de algumas decisões
importantes na vida. E eu. Fui buscar
aprimoramento técnico e conceitual com base na Antroposofia. Busca por
aprimorar e fortalecer o meu papel como coaching e consultor. Pelo menos quando
cheguei. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A
verdade é que o movimento de busca gera mais movimento e esse movimento gera
revolução, e transformação. Porque para mudar e sair de onde se está, torna-se
necessário movimentar recursos internos e aí a transformação naturalmente
acontece. Antes de sair para o mundo e
provocar mudanças precisamos encarar e descobrir internamente o que nos move e
nos amplia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E
por isso, muito apropriadamente, a formação é feita para sermos facilitadores.
De processos. De pessoas frente a esses processos. E de mudanças, quando
necessárias. Porque somente o outro pode fazer a mudanças que busca. A abordagem metodológica se ancora na Antroposofia
e conseqüentemente na Euritimia, vivência de movimento que nos leva a entender
e absorver a experiência das dimensões do Pensar, do Sentir e do Querer. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segundo
a teoria de Rudolf Steiner, para entendermos o ser humano em sua totalidade é
necessário observar algo que vai além das palavras ou mesmo dos gestos e
feições que exprime. Importante distinguir o que vai além do discurso e da
linguagem corporal. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O nosso pensar está ancorado em nosso passado – nossa
biografia pessoal, educação e experiências. Para não entrarmos em choque com o
outro, precisamos nos conscientizar de que a outra pessoa também tem o seu
passado e sua bagagem, bastante diferente do nosso. Podemos nos equivocar
imaginando uma congruência quando ela realmente não existe.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
nosso Sentir é a energia que faz a ponte entre o querer e o pensar e está
sempre atuando em polaridades de simpatia e antipatia. A percepção acurada dos
sentimentos é freqüentemente dificultada pelos efeitos de nossas próprias
emoções. Algumas palavras podem obscurecer nossa percepção daquilo que o outro
está sentindo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As
forças do agir e o querer são complementares das forças do pensar. <i>O futuro encontra-se adormecido nas forças
do querer.<o:p></o:p></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Essas
forças arquetípicas atuam simultaneamente e fazem a complexidade do homem.</span><span style="line-height: 115%;">Nas
organizações e no palco da vida vai nos deparar com pessoas que são mais da
esfera do pensar: argumentam de forma brilhante, tem excelentes idéias, mas não
fazem acontecer. Outras são mais voltadas para ação, para o querer, mas não
pensam, não avaliam as conseqüências ou não dominam os conceitos. Há também
aquelas que são puro sentimento, tidas como imaturas, sonhadoras, superficiais
ou ingênuas ou que atuam no “oito ou oitenta”</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">É
possível alcançar a essência dos processos de mudança quando conseguimos, de
forma consciente, equilibrar o pensar, o sentir e o querer. </span><span style="line-height: 115%;">E é
uma missão inalienável da individualidade. Do eu.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Daí o papel de facilitador desse processo. Mas esse
papel só pode exercido esse quando colocado <st1:personname productid="em prática. E" w:st="on">em prática. E</st1:personname> o primeiro
passo é ter consciência.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext .75pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm;">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas,
estava de volta para o Rio. Senti uma forte emoção com a beleza dos contornos
das montanhas, ilhas e curvas do litoral ao sobrevoar o Rio de Janeiro num
final de tarde ensolarada. O avião fez uma curva e posicionou a aeronave para aterrissar
no Santos Dumont e pensei: aqui é o meu lugar. Mesmo depois de descer do avião
e ser recepcionada pelo calor e barulho, e depois pelo trânsito caótico e pela
falta crescente de educação dos motoristas, declaro meu amor ao Rio.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque
o amor e o desejo desconhecem aparentemente
a lógica e a racionalidade. E a decisão muitas vezes obedece a dimensão do sentir.
Tudo bem. Importante é ter consciência disso.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-63050062428828807792014-03-24T07:36:00.000-07:002014-03-24T07:36:20.263-07:00Equinócio de ÁriesEquinócio de Áries Constato perplexa, que estamos a um passo do final do primeiro trimestre de 2014. <i>O tempo não para</i>. Na semana passada o céu no Rio de Janeiro esteve incrivelmente claro e cheio de estrelas, com a lua particularmente bela e brilhante e parecendo mais próxima. Alguém reparou no céu? Não é por acaso. Entramos no Equinócio de Áries. Todos os anos, nos dias 20 ou 21 de março, o Sol cruza o Equador no ponto do equinócio (vernal); nesta ocasião, deixa o Hemisfério Sul e entra no Hemisfério Norte celeste, dando começo à primavera no Hemisfério Norte terrestre e ao outono no Hemisfério Sul. Portanto, este é o ponto fixo do cruzamento dos dois círculos máximos da esfera celeste, a Eclíptica e o Equador. Temos a sensação de que o tempo passa cada vez mais rápido, mas ele vem cadenciado e sempre marca as suas passagens e deixa suas pegadas no universo. É que estamos tão ocupados e preocupados com o cotidiano que nem nos damos conta dos ritos de passagem. Que a natureza criou. E a vida se transforma. E, mesmo que para nós, o mundo pareça caótico e instável, o universo continua seu curso, pelas leis que assim o regem. Os dias se sucedem (teoricamente ainda em 24 horas). As estações mudam durante o ano, independente de sentirmos concretamente. A terra continua girando em torno do seu eixo e em torno do Sol. Os planetas seguem seu curso no mesmo tempo e se revezam pelos espaços. Os mais estudiosos sobre o tema, comprovam a importância e interferência da sucessão dos planetas e suas posições astrais na história do homem e da humanidade, marcando processos históricos. Quando mudanças significativas ocorrem, novas qualidades surgem no comportamento e nas visões filosófica, econômica e religiosa da humanidade. Desde Copérnico, em 1543 sabemos que o Sol está no centro do Universo e não a Terra. Mesmo sabendo disso, não temos como olhar o Universo de fora, ou a partir do Sol. Tudo que olhamos, enxergamos e interpretamos vem a partir da visão da Terra para o Universo. E apesar de estarmos girando todos (planetas) em torno do Sol, toda a visão que possuímos vem a partir do nosso ponto de vista. Uma visão parcial, portanto. E inevitável. E nesse sentido não posso deixar de refletir sobre o paralelo com a visão que possuímos do universo mais próximo que nos habita. Tudo que enxergamos, analisamos e interpretamos parte apenas do nosso ponto de vista. Parte apenas do lugar que ocupamos, no momento. A falta de distanciamento crítico nos leva à ilusão de que o cosmos gira a nossa volta(Terra) e que os acontecimentos diários são pessoais. E criamos nossas verdades. Respiro e reflito. O ano já cumpriu seu primeiro trimestre. As estações mudaram. Estamos no Outono. E repasso como um raio de pensamento o filme do passado recente Respiro mais uma vez profundamente. Não sabemos ao certo o que vem por aí. O ano começou quente, não só pelos altos graus Celsius, mas pelos acontecimentos diários: catástrofes acontecendo em toda parte, escândalos, o absurdo nos surpreendendo a todo instante, a sujeira e hipocrisia sendo remexida e vinda à tona. Respiro mais uma vez. Estou na varanda da minha casa e começo a ouvir a gritaria das crianças chegando à escola municipal que fica em frente. E aí me lembro do que um amigo uma vez me disse: - Quando ouço as vozes de crianças entrando e saindo da escola, sinto uma paz interior e relaxo... O mundo ainda está no mesmo lugar. O futuro está sendo preparado. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-86967987735066609112014-03-11T18:52:00.003-07:002014-03-11T18:52:54.167-07:00Carnaval<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Além do calor incrível que não deu trégua, tivemos pela
frente o Carnaval e toda sua alegria. Pensei primeiramente em me refugiar em
casa mas o calor me fez encarar o dia, a luminosidade do sol e o dia todo pela
frente. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não adiantava mais àquela altura fugir. Todo esse clima e situação
me obrigou a ser feliz. Mas me senti
meio esquisita por não compartilhar de tanta felicidade. Sonhei egoisticamente com
chuva, frio e céu nublado pra justificar o meu desejo de ficar quietinha em
casa e ter o privilégio de ser infeliz um pouquinho. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Mas estava definitivamente obrigada a ser feliz. O meu estado
poderia ser considerado de completa inadequação. Alguns até diriam que se tratava de depressão.
Eu chamaria de o direito de não estar
feliz. Poderia optar pelo isolamento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Mas não resisti. E me
entreguei por dois dias à alegria contagiante do Carnaval. Achei um refúgio na
rua do Lavradio com seu festival de jazz e depois emendei no ritmo do Boitatá
num dia e Bangalafumenga no outro, na Praça Tiradentes. Quem me
visse diria que eu era uma autêntica adoradora do ritmo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Nada programado. Agradeço à amiga Andréia que me tirou do
estado de isolamento crônico.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Fiquei feliz comigo mesma por ter sobrevivido, mesmo com meus
pés arrasados. Posso dizer que foi muito bom. Bom por ter compartilhado com amigos, por ter
vivido aqueles momentos na rua, por ter presenciado, por ter vivido. E por ter
me entregue aos braços da alegria, com amigos. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Ao andar pela cidade, no entanto, tive uma sensação de
abandono, não só pelas ruas desertas, quando distantes dos pontos de concentração
da folia, mas pela quantidade de lixo
espalhados pela cidade . É impressão minha ou definitivamente o Rio não estava
feliz? Os garis não estavam. E deixaram claro pra todos nós.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Na Rede Globo sobraram notícias tendenciosas de que a
felicidade estava no ar. Que o Carnaval nos levava a um sorriso espontâneo e
natural. E que a cidade do Rio de Janeiro é o presente do verbo sorrir : Eu
Rio. Um trocadilho. Entendeu? Sorria então. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">É tempo de ser feliz , era a ordem do momento. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Na minha rabugice, fiquei pensando (inutilmente)pelo momento
que o Rio vai acordar da fantasia. E nem
falo da fantasia do carnaval mas dessa que estamos vivendo no dia a dia, com os
preços irreais, com a violência nos rondando em cada nova notícia. Com as obras intermináveis e de um ano com Copa e eleições.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Passei por uma banca de revistas e vi uma manchete falando
que trata-se de uma bolha imobiliária e que vai estourar. Por enquanto parece
concentrada nos imóveis comerciais... por quanto tempo ainda viveremos essa
histeria?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Ou será que só eu e os que me cercam continuam vivendo de
seus salários? Salários esses que não cresceram na mesma medida que os preços
de tudo? Será que perdi o bonde? Ou fui esquecida? </span><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-16006742547150009172014-02-12T14:20:00.000-08:002014-02-12T15:33:00.206-08:00Calor do Saara<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; text-align: justify;">Os dias cada vez mais quentes, de
um calor escaldante. Não me lembro de ter visto isso antes. Tá
certo que não morava na cidade maravilhosa. Andava protegida na serra.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">As roupas estendidas ainda
ensopadas no varal, se submetidas ao sol direto, em pouco tempo são recolhidas
ressequidas, sem resquícios de umidade no tecido. Nem mesmo o amaciante dá
conta de manter a maciez do fio. Imagine nossa pele.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">E aí, sair na rua nos horários de
pico do sol é decretar mal estar súbito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Desci a rua em direção ao
compromisso de sábado. Conforme fui descendo, minha respiração foi ficando mais
intensa, o peito pesado e o corpo cada vez mais lento. Atravessar a Praça Saenz
Pena às três horas da tarde me pareceu atravessar o deserto. Do Saara. Cheguei
ao meu destino sentindo algo que nem sei explicar. Estou preparada fisicamente
para caminhar longas distâncias, mas definitivamente não em condições
inóspitas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Enquanto atravessava a praça não
pude deixar de lembrar-me de algumas passagens do livro de Ryszard Kapuscinski –
O Ébano. O jornalista polonês percorreu o continente africano como
correspondente da agência de notícias polonesa PAP. Sua primeira incursão pela
África aconteceu em 1957. Ele se refere ao calor da África em diversas
passagens, profundamente impressionado com a forma que os africanos encontraram
para conviver com isso, de forma intuitiva ou por um conhecimento passado por
gerações. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Ele conta que passava e se
surpreendia com as pessoas paradas, numa mesma posição durante horas, sem
qualquer expressão no olhar, apenas paradas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">E pensei que poderíamos aprender
essa técnica, nesses novos tempos de calor, tão semelhantes. Afinal ele se
referia a 50 graus.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já deixamos de ser
Rio 40 grau.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tais como os africanos,
diante desse calor, aprenderíamos a ficar parados, sem movimento, em estado de semicoma,
quase vegetativo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Uma boa opção. Teoricamente
abandonaríamos o corpo físico e o deixaríamos ligado à mente somente por um fio
invisível. Deixaríamos o estado de vigília, portanto. A teoria é que nesse
estado, o corpo se desliga temporariamente das sensações físicas tais como
calor, frio, fome, etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Teríamos que adaptar essa técnica
para o dia a dia no Rio de Janeiro.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De
alguma forma, creio que o carioca já exerça essa capacidade de desligamento, a
contar pelas inúmeras e intermináveis filas de ônibus, trens, bancos, repartições
públicas. Talvez já exista alguém vegetando nessas filas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Bem, pela manhã tudo bem. Apesar
do calor já beirar os 36 graus, é mole pra gente. Um banho frio de manhã, uma
roupa fresca, comidas leves.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Terei que
adaptar o meu café da manhã para uma versão gelada, já que tenho crise de
abstinência sem ele e tá ficando difícil a versão tradicional, quentinho.</span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Complica mesmo na hora do almoço.
A partir de 11 horas (10 horas na verdade) o sol de meio dia já chegou
apressado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Às 12 horas, ele “tá que tá”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Somando ao calor, ruas lotadas de pessoas
transitando em busca de um lugar para comer, mas antes de qualquer coisa um
refúgio. E aí junto com as pessoas, o vozerio, os restaurantes lotados e o tão
sonhado ar condicionado não dá conta de refrescar tantos corpos quentes e
suados... Uma catástrofe.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Saí, dia desses, sozinha para
almoçar porque pretendia passar pelo Banco. Fui um pouquinho mais longe que o
de costume. Mas o local é conhecido como Saara. Dá pra ter uma ideia que o nome
não é à toa.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Até chegar ao restaurante
passei por diversos obstáculos: muita gente transitando, falando. Ou melhor,
gritando. Em volta, sujeira, poeira, cheiros variados e desagradáveis. E o sol
lá em cima, impiedoso. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">O restaurante que a princípio
parecia um oásis, logo se transformou numa fornalha. As garçonetes agitadas,
derrubando tudo, filas imensas. Saí de lá irritada e com dor de cabeça. Cheguei
a achar lá fora melhor. E não pude deixar de lembrar o livro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Lembrei-me também que, de alguma
forma, eu já utilizava uma técnica de semi- presença e precisava resgatar. Uma
versão carioca.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">A versão é simplesmente ignorar. É
preciso ignorar o calor. Essa é a minha teoria. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Ao atravessar qualquer porta que
o separa do ar condicionado com o mundo lá fora, você deve respirar fundo e
depois compassadamente. Agarre sua bolsa ou carteira (não dá pra vegetar nesse
sentido no Rio) e sair em passos cadenciados e fazer de conta que está em algum
outro lugar (escolha o seu). O calor vai chegar de qualquer jeito e te dominar
por completo, mas, finja que não tá nem aí.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Pra mim funciona se eu estiver andando, em movimento o tempo todo. Se
parar... O calor concentra e aí saio em pouco tempo do estado meditativo para o
desespero.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">Bem, afinal acho que não sou tão
boa nessa técnica assim. </span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-27933909883405100552014-02-07T11:25:00.003-08:002014-02-12T05:03:55.282-08:00Alabama Monroe<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Alabama Monroe – o filme</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Entrei despretensiosa pra
assistir ao filme Alabama Monroe. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Vi rapidamente a sinopse e crítica do filme e
decidi por ele. Normalmente me cerco de informações sobre qualquer filme antes
de assistir. Especialmente aquele dia acreditei na sinopse do filme, mesmo sem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>grandes evidências.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">O objetivo naquele fim de tarde,
na saída do trabalho, era<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>simplesmente
ficar sozinha, no escuro, em silêncio... arejar a cabeça, sair de cena e do
espírito dominante daquele dia. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Tinha decidido dar um ponto final
a uma história de aproximadamente cinco anos. Uma história sem história. Anos
de expectativas e apegos a um passado remoto e um futuro improvável. Foi um dia
de algumas despedidas internas. Não sem sofrimento. Uma tristeza... </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Fui sendo surpreendida pela
beleza da história.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Fui sendo encantada com o
enredo do filme que acontece entrecortado entre as cenas do presente, passado e futuro, de
forma clara e revelando gradativamente a história<span style="mso-spacerun: yes;"></span>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">O diretor rompeu a linearidade do tempo, creio que tal como acontece na realidade,
enquanto vivemos. Mas ele fez isso com a mão certa. Não é facil utilizar esse recurso. Outros diretores tentaram e não foram tão
felizes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">A atuação e a química entre os atores é incrível. Primorosos com sua naturalidade. Cenas da vida real.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">E, apesar dos personagens não representarem a vida da maioria das
pessoas que conhecemos e convivemos no nosso incrível lugar comum, são cenas de
uma vida real, recheada de crises, de questionamentos e especialmente de
perdas. Sem maquiagens.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">A trilha sonora tem como
base o estilo musical de Bill Monroe, que criou e deu nome ao bluegrass. Música
country de primeira, mesmo para quem não curte o estilo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">E, apesar do estilo de vida cowboy
e do gênero musical , o filme se passa na Bélgica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Fiquei pensando se minha empatia
com a historia do filme seria pelo meu estado de espírito naquele dia. Mas li posteriormente
as críticas sobre o filme e, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>embora não haja unanimidade, ele está super
bem avaliado. E concorre ao Oscar de melhor filme estrangeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">De certa forma fiquei aliviada
por saber que minha emoção tinha seguidores. E minha admiração não era
solitária.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Deixo na minha conta a emoção que
me contaminou por alguns dias. E a choradeira no carro enquanto voltava pra
casa.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;">Literalmente, lavei a alma.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-42006510804702399292014-01-23T16:39:00.000-08:002014-01-23T16:39:13.310-08:00Cenas que a vida ensina e a arte encena<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">São
famosas, na família, as histórias do meu avô Camilo, descendente direto de imigrantes
italianos. A família veio do norte da Itália diretamente pra trabalhar nas
lavouras de Minas Gerais no final do século XIX. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Meu
avô e os irmãos já nasceram no Brasil, com exceção de uma menina, a
primogênita, que nasceu e morreu no
navio, durante a viagem ao Brasil e, como de costume na época, foi jogada ao
mar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Vários
filmes retrataram com exatidão essa cena mas nos emocionamos muito ao assistir
os primeiros capítulos da novela Terra Nostra quando a criança nascida no navio
e morta em função de doença, é jogada ao mar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Como
diz o título do livro de Márcia Luz: <b>“
Lições que a vida ensina e a arte encena.”</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
história comprova que não foi nada fácil a vinda e permanência dos emigrantes
no Brasil, especialmente a dos italianos que vieram em grande número, a maioria
pra trabalhar nas lavouras de café de São Paulo e Minas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Apesar
da emigração dos italianos ter sido incentivada e subvencionada pelo governo brasileiro,que pagava suas
passagens,o que eles encontraram no
Brasil foi uma realidade de trabalho
dura e semi escrava, bem diferente da propaganda divulgada na Itália, entre o
povo italiano. Alguns fazendeiros inescrupulosos cobravam todas as despesas de
viagem, e prorrogavam a sua dependência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT;">A nacionalidade que mais imigrou para a América Latina
foi a italiana, superando os espanhóis e os portugueses,</span><span lang="PT"> , tendo como ápice a faixa de tempo entre os anos
de 1880 e 1930. </span><span lang="PT" style="font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT;"> Dos 11 milhões de imigrantes que foram para a
América Latina, 38% eram italianos, 28% eram espanhóis e 11% eram portugueses.<sup>
</sup><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">A crise na Itália, em função das guerras
de unificação, intensificou as desigualdades sociais e demográficas, obrigando
o pequeno camponês,sem condições de viver da própria terra a buscar outros
países.</span><span style="font-family: Calibri;"> </span></div>
<br />
<table border="0" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 1.5pt; width: 567px;">
<tbody>
<tr>
<td style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt; width: 422.25pt;" width="563">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: Calibri;">“<i>Que entendeis por
uma Nação, Senhor Ministro? É a massa dos infelizes? Plantamos e ceifamos o
trigo, mas nunca provamos pão branco. Cultivamos a videira, mas não bebemos o
vinho. Criamos animais, mas não comemos a carne. Apesar disso, vós nos
aconselhais a não abandonarmos a nossa Pátria? Mas é uma Pátria a terra onde
não se consegue viver do próprio trabalho?</i>”</span></blockquote>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt; width: 422.25pt;" width="563">
<blockquote>
<span style="font-family: Calibri;">—
</span><span style="font-family: Calibri; font-size: 10.0pt;">Fala anônima de um
italiano para o Ministro de Estado da Itália</span></blockquote>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<span lang="PT" style="font-family: Calibri; mso-ansi-language: PT;">O Continente
Americano aparece, em função dessa crise, como um destino sonhado por milhões
de europeus, que imigravam com a promessa de se tornarem grandes proprietários
agrícolas.<sup><o:p></o:p></sup></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O
povo italiano apesar das dificuldades fixou-se na terra e misturou-se ao povo
brasileiro e moldou em grande parte a nossa cultura, juntamente com a
portuguesa, a dos negros e índios e ainda realizou, em parte, um dos objetivos do
governo brasileiro encontrado em registros públicos da época que buscava, com a
imigração , especialmente a italiana, “embranquecer” o povo brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">...............<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Meu
avô Camilo e seus irmãos fizeram a sua parte, porque todos se casaram com mulheres mestiças. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
verdade é que a dureza da vida na lavoura e a frustração devem ter moldado a
criação dos filhos e do meu avó em particular, que com isso construiu um
temperamento bem dificil. Não são raras as histórias pitorescas ocorridas com
os filhos, que ele tratava “ com casca e tudo” , como diz minha mãe. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O
meu avô Camilo rejeitava suas origens. Nascido como Camilo Victalli Carafolli
Cavezolli , filho de José Cavezolli e
Cecília Carafolli, ao se casar com a minha avó oficialmente no cartório,
mandou que tirasse a “carafolada” toda
de seu nome e adotou o sobrenome da minha avó, e passou a se chamar Camilo
Vital da Silva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Infelizmente
quase nenhum neto chegou a conhecer o avô Camilo. Como era de pouca conversa
com os filhos, pouco se sabe portanto de sua história. O que sabemos foi por
narrativas da minha avó Lucinda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Minha
mãe lembra vagamente da avó Cecília que vez por outra aparecia pra visitar.
Vinha de vestido típico, preto, todo
bordado na barra e enxotava os netos
quando queriam se aproximar com medo que sujassem sua roupa. Ela não era nada
fácil. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Camilo
e Lucinda - Aventuras em série<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-32806346225625304292014-01-19T10:36:00.000-08:002014-01-19T10:42:26.113-08:00Storytelling familiar <div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Gestão do Conhecimento não está restrita aos meios acadêmicos e organizacionais. E nem a metodologia de storytelling prevista somente para esse meio. Descobri que resgatar as histórias familiares é fazer gestao do conhecimento. Sentar e ouvir minha mãe contar suas histórias é fazer storytelling. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As histórias de família logicamente são sempre muito mais interessantes pra quem está envolvido , por fazer parte do inconsciente familiar e porque as vezes ajudam a explicar ou entender melhor a si próprio. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A verdade é que sempre tive vontade de escrever sobre meus antepassados, especialmente sobre a minha avó Lucinda, por sua natureza cabocla e corajosa. Mas nas conversas com minha mãe fui descobrindo o lado interessante de outros personagens familiares como meu avô Camilo e com ele a história da imigração italiana no Brasil. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Daí começou a crescer o interesse pela história e miscigenação da cultura brasileira. Contar a história da família é contar um pouco da história de qualquer brasileiro. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segue então uma das muitas histórias da minha mãe Isolina sobre sua infância, no interior de Minas, mais precisamente em Sapé de Ubá, hoje conhecida como Guidoval, perto de Ubá. Algumas histórias estão escritas em um caderno e outras são contadas e reveladas nas conversas diárias. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
...</div>
<div class="MsoNormal">
<i>Eu brincava com aquele cabritinho, um filhote, como se fosse
um cachorrinho de estimação. Até brincar de esconder ele sabia. E na hora de ir
pra escola tínhamos que amarra-lo, se não ele ia junto. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Quando comecei a frequentar a escola, tinha 7 anos. Pra
sabermos a hora de sair de casa, minha mãe observava o reflexo do sol na
cozinha... quando ele chegava no meio da cozinha, ela mandava que eu e minha
irmã saissemos. Só ela sabia o local certo do sol refletido no chão de terra
batido. Ficávamos atrás dela, perguntando: </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>- Já pode ir mãe? </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>- Agora pode, ela dizia.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Essa era a forma que ela regulava a passagem do dia. Se não tinha sol era pela claridade. Se
chovia? Provavelmente a gente não ia, porque a estrada ficava cheia de lama. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Como morávamos na roça, pra chegar até à escola, eu e minha
irmã saíamos juntas e andávamos uns quatro ou cinco quilômetros de estrada de
chão. Todo dia minha lembrava de levar
um pedaço de pau , que servia para enfrentar perigos visíveis : cobras, sapos
ou mesmo pra enxotar alguma vaca pelo caminho.
Para os perigos invisíveis, bem comuns na roça, minha mãe ensinou uma reza. Essa reza servia especialmente para o retorno,
mais tarde nos dias que escureciam mais cedo. Qualquer coisa estranha,
danávamos a rezar:</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>- São Bento n’água
benta. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Jesus Cristo no altar.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i> Arreda bicho mau <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Que Filho de Deus quer
passar...<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>As vezes acontecia de chegarmos mais tarde, quando tínhamos
que passar pelas casas das senhoras da cidade e pegar roupa para minha mãe
lavar. Então, voltávamos carregadas de
trouxas de roupa. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Nessa época, só ficaram em casa os filhos mais novos e a
fase era especialmente difícil. As irmãs mais velhas, a essa altura, já estavam
casadas ou trabalhavam fora, em casa de família.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Não me lembro muito bem de alguma fase boa na família. A
vida era muito simples mas comida não faltava mas o que se passou nesse período
foi especialmente difícil. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Passou pela região uma companhia de construção de estradas,
requisitando trabalhadores e meu pai e irmão mais velho foram selecionados.
Conforme a obra andava, lá se ia meu pai e meu irmão cada vez mais longe.
Deixou pra trás a minha mãe com as cinco crianças na roça para cuidar e
alimentar. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Meu pai deixou um crédito aberto na única vendinha da cidade
pra comprarmos o que fosse necessário para ele pagar quando voltasse. Até que um belo dia esse crédito foi cortado sem
explicações. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Meu pai tinha fama de brigão, pavio curto. Correu uma notícia em um jornal local que por
outras bandas, na tal companhia de estradas, tinha havido uma briga feia no acampamento dos trabalhadores. Um homem recusou
a comida que estava sendo servida, reclamou e, ainda jogou tudo em cima do administrador
da obra. No revide, o abusado foi morto à facadas pelo administrador.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Como em todo lugar sempre tem um fofoqueiro de plantão, a
notícia virou fofoca porque o tal língua
solta saiu afirmando pela cidade que o homem esfaqueado era o meu pai.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>- Mataram o Camilo, ele gritava. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Minha mãe ficou desesperada, a gente chorava junto e minha mãe pensava que com o gênio
ruim do Camilo, não era difícil que isso tivesse acontecido. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Sem crédito nas vendas , minha mãe teve que apelar pela
ajuda de um tio que morava ainda mais longe. Lá fomos nós todos juntos pela estrada. Eu me
lembro com clareza desse dia. O meu tio também era pobre mas dividiu tudo o que
tinha na despensa conosco. Pra carregarmos, montou vários embrulhos em panos de saco amarrados na ponta, de forma que
cada um pudesse carregar uma parte. E ainda deu um cabritinho que já tinha sido
desmamado. A idéia era que minha mãe vendesse pra ficar com um pouco de
dinheiro. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Voltamos felizes da vida, eu especialmente, puxando o
bichinho amarrado numa corda. Chegamos
tarde e quando já íamos deitar,
escutamos a voz de um homem chamando lá na estrada que dava para o caminho onde
ficava nosso rancho. Ficamos todos assustados porque o lugar era ermo, sem
vizinhos.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>- Ô Lucinda, sou eu Camilo!!</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Ele e meu irmão entraram e foi uma choradeira só. </i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Um tempo depois o destino do tal cabritinho se cumpriu e ele
foi vendido. Meu pai não recebeu salário da empreiteira e foi o jeito pra pagar as despesas.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Fiquei triste por um bom tempo. </i><i>Ainda bem que criança esquece rápido né... ?</i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-81754554644396061952014-01-10T20:47:00.000-08:002014-01-10T20:47:25.752-08:00Motim a bordo<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Calibri;">Cheguei ao escritório no horário
marcado, era o primeiro dia de trabalho como gerente de recursos humanos
daquela empresa...<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Já
estava sendo aguardada pelo presidente e diretor administrativo da empresa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"> - Você chegou em boa hora, já temos uma
demanda urgente pra você tratar, disseram. Temos aqui na sala de reunião toda a
tripulação de um navio, que se revoltou com o Imediato e vieram até aqui pra
reclamar. Já os ouvimos. Queremos que você converse com eles e tome ciência da
situação nos detalhes. O que aconteceu. E depois nos diga o que você pensa como
podemos ou devemos tratar esse assunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Bem,
a essa altura fiquei sabendo que a embarcação estava parada no cais pra
abastecimento e parte da tripulação desceu e foi até ao escritório. Era um
motim, na verdade, porque o período de embarque ainda não tinha sido
finalizado. Eles se recusavam a voltar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Depois
de quase um ano em estado de semi reclusão, aflorando os sentidos,
esse sem dúvida parecia ser um grande recomeço, um choque de realidade. Acordei
do sono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ao
entrar na sala de reunião, que cabia em torno de 10 pessoas sentadas, havia ali
no mínimo 20 pessoas. Estava presente o comandante do navio, alguns oficiais, o
chefe de máquina e mais um tanto de marinheiros de convés. Não sei ao certo. Só
não estava mesmo presente o Imediato, o foco da discórdia. Eles abriram caminho pra eu passar e me
ofereceram uma cadeira. Mal sentei o chefe de máquinas, o outro ator principal
da história começou a falar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Resumindo,
a historia se desenrolou principalmente entre o imediato e o chefe de máquinas.
O imediato “sugeriu” que o tal chefe de máquinas, que sempre fazia muito exercício
na academia no navio e era do tipo forte e musculoso, utilizava “ bomba”( ou anabolizantes) e que,
por conta disso, estava apresentando comportamento agressivo, além de ficar estimulando para que os outros também o
fizessem. As palavras do Imediato ganharam força internamente no navio e
rapidamente surgiram opiniões internas e facções contrárias e a favor da opinião
do Imediato. Daí o que era somente bomba, passou a ganhar conotação de drogas,
anfetaminas, etc. E foi dessa forma que a notícia chegou até aos ouvidos do
chefe de máquinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Como
ele exercia uma liderança informal entre os marinheiros, grande parte ficou solidária
com sua revolta. E o assunto cresceu e ganhou manchete no navio. Daí por diante
o clima foi ficando tenso, a discussão verbal começava a ganhar contornos de
agressão física e, antes que a coisa ficasse pior, o Comandante decidiu atracar
o navio no cais...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">E
aqui entrou eu na história. <i>- E
agora, José, para onde?</i> – pensei, lembrando-me do trecho da música.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nunca
havia trabalhado com tripulação de navios, era tudo novo. Mas eu era profissional de recursos humanos e
eles eram os recursos: pessoas, humanos. Isso deveria bastar. Tinha buscado
informações na internet também sobre o tipo de negócio da empresa, etc. Mas tinha
também uma imagem estereotipada de marinheiros, não preconceituosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Pra
começar, cabia a mim naquele momento ouvir. Não estava ali para solucionar um
litígio e nem para punir ou julgar. Muito mais para entender o conflito. Então basicamente foi o que fiz. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ouvi
respeitosamente e com seriedade toda a história até o final, sob o ponto de
todos os presentes que quiseram se manifestar com ou sem a minha interferência.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O
chefe de Máquinas foi o primeiro a falar. Explicou que tinha orientação de
nutricionista e professor de educação física para utilizar os tais complementos
e que o imediato entendeu isso como drogas e ficou “espalhando”. Ele se colocou à disposição para fazer os
exames necessários para comprovar que estava limpo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O
comandante , quando perguntado, não se posicionava, nem sim, nem não, muito
pelo contrário. Diz que tentou esclarecer o fato com os dois, mas percebeu que
a situação poderia piorar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O
chefe de máquinas, de camiseta sem mangas representava mesmo o estereótipo de
um homem do mar: musculoso, falante, bom de papo, boa pinta, tatuagem no braço.
Entendi em parte a liderança que exercia entre os marinheiros. Percebi ainda a
liderança tímida do comandante, que deveria ser a autoridade maior no navio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Eles
saíram da sala aparentemente aliviados, ali mesmo combinaram de retornar à
embarcação e prosseguir viagem, num primeiro momento substituindo os dois
atores principais por outros, de outros navios. Agradeceram . <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Dali
pra frente, durante o tempo que fiquei na empresa, passei a ser a amiga e
confidente dos tripulantes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Avisei
que ouviríamos o mediato. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
Ele não vale nada, a senhora vai ver – disseram .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nem
preciso dizer que a versão do imediato acrescentou diversas outras variáveis de
contexto. Ele confirmou o que tinha dito, reforçou e ainda acrescentou mais
detalhes sórdidos à situação e “queimou o filme” do tal chefe de máquinas,
afirmando ser liderança negativa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nas
entrelinhas ainda, deixou transparecer a insatisfação quanto a sua posição na
hierarquia. Como imediato ele não tinha a mesma autoridade do comandante, que
no seu ponto de vista, não a exercia. Também não tinha também a liderança.
Estava no limbo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Traduzi
posteriormente minhas observações e prévia
análise sobre os fatos. A situação era complexa e tinha ainda mais outros
muitos fatores de contexto envolvidos, e que não se limitava aquele episódio, mas
precisávamos tomar decisões mais imediatas naquele caso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Em
um primeiro momento, decidimos que a tripulação voltaria à embarcação, mais
calma, sem o Imediato, já que faltavam poucos dias para o desembarque. O
imediato ficaria em casa, à disposição, até o próximo embarque. Em um segundo
momento, desmembraríamos toda a equipe em outras embarcações, formando uma nova
tripulação, inclusive o Imediato. E
observaríamos o comportamento dos envolvidos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Existe
um protocolo a ser seguido quando fatos como esse acontecem em um embarque,
previsto nos procedimentos dessa área e todos eles seriam seguidos antes de
novo embarque.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O
chefe de máquinas realmente fez todos os exames necessários para comprovar ou não
a presença de drogas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Conclusão:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Bem,
faltou liderança do comandante que ao ver um conflito instalado, ainda que não
considerasse relevante, deveria ter buscado a realidade dos fatos, era
anabolizante? Ele tinha autorização? É necessário autorização? Pode oferecer
prejuízo ao trabalho? E esclarecer. E exercer ainda sua autoridade para fechar
questão sobre o assunto, quando esclarecido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Quanto
ao imediato e o chefe de máquinas, ambos se comportaram de forma, no mínimo,
imatura e irresponsável já que ambos,
pela natureza da atividade, representam autoridade dentro da tripulação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
minha história na empresa estava só começando. Era só o primeiro dia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
As coisas começaram quentes, pensei. E fiquei imaginando o que viria depois...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-55985270729521596962014-01-05T17:10:00.000-08:002014-01-10T21:11:46.932-08:00Orientação Profissional ou Coaching de carreira: Quantos de nós não gostariam de ter tido uma orientação sobre carreira, diante de tantas possibilidades e interesses? <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b>Orientação Profissional ou Coaching de Carreira</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b>Quantos de nós gostariam de ter tido uma orientação sobre carreira, diante de um momento de tantas possibilidades e interesses? </b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Quantas informações nos faltaram nesse momento tão importante?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Quem disse que aos 18, 19 anos estaríamos preparados para fazer esse tipo de escolha?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O desenvolvimento e prática do coaching , mentoring e counselling tem contribuído fortemente para preencher esse espaço vazio deixado pelo sistema de ensino ou fazem parte do processo de amadurecimento e questionamento natural de carreira e realização pessoal e profissional em algum momento da vida das pessoas? </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><o:p></o:p>Participei de um Simpósio recentemente sobre o tema Orientação Profissional e de Carreira, </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">promovida pela ABOP (Associação Brasileira de Orientação Profissional) no Instituto de Psicologia da USP juntamente com o Fórum de Pesquisa </span><st1:personname productid="em Orienta ̄o Profissional" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;" w:st="on">em Orientação Profissional</st1:personname><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> e de Carreira.</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Com o tema <i>“QUAL ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL PRECISAMOS E QUEREMOS? IMPASSES ÉTICOS, PRÁTICOS E TEÓRICOS DIANTE DAS NOVAS REALIDADES SÓCIO LABORAIS”, </i>proposto por Jean Guichard pude assistir a apresentação de estudos acadêmicos e participar de debates sobre coaching e carreira, com professores e pesquisadores de diversas universidades nacionais e internacionais mas também com profissionais que atuam em empresas públicas e privadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> <o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: right;">
<i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">...Diante dessa conjuntura planetária inquietante, não seria urgente desenvolver uma nova<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: right;">
<i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">concepção de orientação que realmente incluísse em seu cerne a preocupação com os outros e com o bem comum? Esta nova perspectiva levaria os indivíduos a se questionarem sobre as consequências de seu engajamento em qualquer atividade, para eles mesmos e para a humanidade como um todo. <o:p></o:p></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: right;">
<i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Nesta nova estrutura de referência, até o objeto da orientação vocacional mudaria. Não se trataria mais somente da pessoa localizar algumas oportunidades que lhes são oferecidas em função de suas competências, de suas redes de relacionamento e do sentido que dá a sua existência. Mas também, deveria indagar-se sobre as consequências humanas – para ela e para as outras pessoas – sobre seu possível envolvimento em qualquer atuação profissional...<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">O Simpósio teve como objetivo apresentar, questionar, propor, desenvolver, adaptar e construir novos instrumentos, subsidiar políticas públicas, atender as mais diversas populações por meio das mais diversas designações : orientação profissional, orientação de carreira, coaching, mentoring, educação para a carreira, entre outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Destaco algumas reflexões:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="ListParagraph" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">1 A constatação de que as atividades de Educação para a Carreira (EC) é recente no país e ainda se encontra concentrada em consultórios, clinicas de universidades ou raras escolas particulares, direcionada principalmente aos jovens na fase de escolha do curso universitário, ao final do ensino médio e desenvolvido, em sua maioria, por psicólogos. </span></div>
<div class="ListParagraph" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A concepção de carreira sofreu grandes transformações e o mundo do trabalho é muito mais flexível, heterogêneo e complexo. </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A carreira deixa de ser uma construção restrita aos contextos de organizações e passa a adequar-se ao contexto psicossocial.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Observa-se hoje diversas modalidades de trabalho e prestação de serviços informais que são encaradas como um negócio para pessoas que não foram ou não quiseram ser absorvidas pelo mercado de trabalho tradicional e que inventaram o seu trabalho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Precisamos estar atentos e com os olhos abertos para outras atividades menos formais e pouco convencionais e para o fato de que o conceito de trabalho e emprego precisa ser revisto, sem preconceitos e como alternativas reais de sustentação diante deste novo cenário.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt; text-align: right;">
<i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">A modernidade se caracterizou pela centralidade de uma determinada noção de trabalho, .... Torna-se urgente buscar um outro eixo mobilizador e analítico para esta discussão e talvez as linhas de investigação sobre os “meios de sustentação da vida” (livelihoods) possam ser um caminho promissor.<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt; text-align: right;">
<i><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">(Peter Spink)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-37821522413846556862013-12-15T13:59:00.002-08:002014-01-10T21:10:57.979-08:00Porque Coaching e Cotidiano? <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando iniciei o estudo e a decisão sobre a prática de coaching, decidi aliar à minha experiência profissional, sólidos conhecimentos teóricos e abordagens metodológicas sobre o tema. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Minha proposta será trazer esclarecimentos e aprofundamentos sobre o trabalho de coaching, apresentar as possibilidades de realização do trabalho além de pesquisas e análises sobre as práticas atualmente utilizadas e as recomendadas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Antes, e para inaugurar o tema no blog vale refletir porque o título Coaching e Cotidiano? </span><br />
<span style="background-color: #f0dea0; color: #439643; font-family: Calibri; font-size: 16px; line-height: 22px; text-align: start;">Porque a vida não é feita somente de grandes acontecimentos mas principalmente de cenas e histórias da vida privada, das ruas, do mundo corporativo. Estórias vividas, encenadas ou ouvidas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque acredito que a vida seja feita de escolhas , escolhas essas feitas a partir do conhecimento
e da vivência diária, aonde descobrimos e aprendemos o aquilo que nos constrói, aquilo que não vale a
pena, o que nem sempre é bom, quais são nossos limites, o que é possível, o que
é inaceitável. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não são os grandes acontecimentos
que nos constroem mas particularmente o convívio diário com as situações da
vida. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não é raro que estejamos
envolvidos no meio do burburinho do ir e vir, na agitação dos grandes projetos
de vida e de trabalho, nos planos traçados amiúde para aquele dia ou para
aquele fim de semana e sejamos
surpreendidas por um evento inesperado,
como a doença de alguém da família muito próxima, uma gravidez
inesperada, um acidente ou incidente,
enfim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Junto com a surpresa ou o susto,
vem a necessidade de repensar algumas medidas, tomar novo rumo,
desconstruir o que parecia pronto. Pode ser a arrumação da casa, que precisa
ser refeita para acomodar uma nova situação, pode ser até a mudança de casa ou
até de cidade, a procura por outras alternativas que preencham o espaço que
ficou vazio, coisas enfim que nos
obrigam a parar e mudar. Ou transmutar. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque são os eventos e desafios cotidianos e as
mudanças constantes que nos fazem pensar e reconstruir e nos ajudam a crescer ou ao menos nos fazem
mais vastos do que antes, porque vamos (re)construindo o nosso repertório de experiências,
aquele banco de dados que nos ajudarão a ultrapassar com mestria outros tantos
fatos relevantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No processo de coaching esses
conhecimentos são resgatados, trabalhando com os recursos internos do próprio
coachee para solucionar questões presentes. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao coach ou facilitador cabe fazer as perguntas certas (ou poderosas) que
contribuirão para que o coachee acesse <b>o seu fabuloso repertório interno</b>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #600668; font-size: 11px; line-height: 14.296875px; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px; padding-left: 120px; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nenhuma época acumulou sobre o ser humano conhecimentos tão numerosos e tão diversos quanto a nossa. Nenhuma época conseguiu apresentar seu saber do ser humano sob uma forma tão pronta e tão facilmente acessível. Mas também nenhuma época soube menos o que é o ser humano.</span></i></div>
<div style="background-color: white; color: #600668; font-size: 11px; line-height: 14.296875px; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px; text-align: right;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">MARTIN HEIDEGGE</span></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-66310646621066402892013-12-11T04:16:00.000-08:002014-01-10T21:13:11.081-08:00Beauty World - em Cenas do Cotidiano<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Cheguei
em Duque de Caxias, baixada fluminense, pela primeira vez diretamente de
Petrópolis, em um ônibus da Única. Desci na Rodoviária, se é que poderíamos
chamar aquele ponto final de rodoviária. Era um local no final de uma rua, onde
os ônibus paravam, no meio de tantos outros. Passei por entre aqueles
corredores de ônibus em filas sem fim, que se misturavam aos vendedores
ambulantes. Todos falavam alto e o calor era insuportável. E, como não chovia ha
alguns dias, a poeira se espalhava pelo local.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Estranhei. Nunca tinha visto um lugar
como aquele. Fiquei impressionada. Muitos anos depois ,fui trabalhar
em Caxias e muitas coisas mudaram e para melhor. Mas aquele era o ano
de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>1990<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>ou algo próximo disso. E era outono mas na Baixada nessa época,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o calor já era abrasador.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Com
um endereço em mãos e após vencer aqueles primeiros obstáculos, saí perguntando
a um e outro os caminhos até conseguir chegar ao local indicado. A “amiga” que
me convenceu a ir neste encontro, me falou maravilhas sobre os produtos
cosméticos que seriam apresentados. Tratava-se de uma linha que chegara
recentemente no Brasil. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Resisti
bravamente enquanto pude aos seus convites insistentes para que eu ao menos, fosse
a uma reunião para conhecer, sem compromisso. Estranhava o seu discurso, cada
vez mais obsessivo. Morava em Petrópolis, ela no Rio mas a distância não
impedia que ela me ligasse diariamente: <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já decidiu, Teresinha?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Olha só , vai ter uma reunião em Caxias, dia
tal, fica mais perto pra você, nem precisa ir de carro, me disseram que é perto
da rodoviária. Você vai adorar!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Como
não tive coragem de dizer não e estava realmente de bobeira naquele dia, eis
que me vejo em Caxias no tal endereço. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Muito antes de chegar ali eu já estava
arrependida.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>– Meu Deus, o que eu to fazendo aqui? Falei
baixinho comigo mesma.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Subi as escadas. Era uma pequena<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sala no segundo andar de um prédio mal
acabado, espremido entre uma agência bancária e um comércio. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>– Por que não vou embora? pensei. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O
casal<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>parado logo na entrada sorriu pra
mim, desejou-me boas vindas e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>me
entregou uns folhetos<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Observei
que só tinha uma porta. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
Vou ficar sentada aqui atrás pra poder sair logo, pensei.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
sala estava organizada com diversas fileiras de cadeiras brancas de plástico e
um outro casal, também com sorrisos tatuados no rosto postavam-se naquilo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que poderíamos chamar de palco. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele vestia terno e ela um vestido social com
sapatos de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>salto. Cabelos indefectíveis.
</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Em
pouco tempo a sala ficou cheia de gente<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>e eu fui percebendo que meus planos de sair disfarçadamente não iam dar
certo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Vários
casais deram seus depoimentos de que a vida deles mudou depois que conheceram a
Beauty World. Suas palavras<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>me remetiam a
algum discurso messiânico, a uma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>seita divina ou iluminação milagrosa.
Nas telas, fotos de casais americanos com seus filhos e suas casas,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>prósperos e felizes. O paraíso. A fonte da
riqueza e da prosperidade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tudo isso
graças à família Beauty World. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No discurso procurava-se convencer aos presentes de que a venda daqueles produtos também poderia lhe proporcionar aquele padrão de
vida. Claro que para isso bastava comprar o kit de produtos por
tantos dólares, um pequeno investimento inicial e a partir daí, o produto se
vendia por ele mesmo... <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Fiquei
tão incomodada com aquele discurso e, me sentindo cada vez mais pressionada, me
levantei pra ir embora.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim que me
levantei, a expositora, hipnotizada e desesperada por resultados, gritou, antes
mesmo que eu chegasse a porta:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
Como é seu nome?, perguntou histérica.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
Teresinha, respondi, querendo sair correndo dali.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
Uma salva de palmas para ela, senhores.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">E
fui amplamente aplaudida, de pé, ali no meio da sala.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
E você vai optar por ser uma representante ou uma divulgadora? – perguntou.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Pensei
em explicar que na verdade eu me levantei pra ir embora, mas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>diante de tantos aplausos, fiquei sem
palavras. Tímida, estava desesperada pra ir embora. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Divulgadora”,
falei entre os dentes, pra que eu mesma não pudesse ouvir minhas próprias
palavras. Tentei me apegar ao que menos comprometia. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
Parabéns Teresinha!! Seja bem vinda à família Beauty World!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nem
pensei muito,<span style="mso-spacerun: yes;"> agradeci meio sem graça e e </span>saí da sala com a cabeça
baixa, sem explicação mas sob aplausos efusivos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Acho
que depois da minha iniciativa, várias pessoas se levantaram pra também
entrarem na família Beauty World. Eu aproveitei o momento e desci as escadas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e não olhei pra trás. A
sensação era de que alguém correria atrás de mim pra eu formalizar um contrato.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-----------<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Logicamente
isso virou mais uma piada de família e essa cena já foi encenada lá em casa várias vezes. Sempre rimos muito.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Logo
em seguida, a tal amiga parou de vender e falar no assunto. Não ficou rica,
como esperava.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Mais
tarde tomei conhecimento de outras redes de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>produtos que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>também utilizavam esse mesma tática <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do milagre econômico,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>já que algumas pessoas bateram à minha porta
com o mesmo discurso hipnotizado. Antes de abandonarem esse caminho investiram
algumas economias. Nenhuma delas ficou rica.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Porém,
longe dali alguém com certeza enriqueceu.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-21508190788644302492013-11-26T17:14:00.001-08:002014-01-10T21:14:02.770-08:00Da série Contos Familiares , minha avó Lucinda<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Lucinda da Silva<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Minha avô. Mãe de minha mãe
Isolina. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Filha de brasileiros, oriunda
não se sabe ao certo entre o Estado da Bahia e do Espírito Santo. Lá em casa chegamos
a essa conclusão pelos seus relatos, quase sempre confusos . Ela dizia ter
nascido em Dor de Vitória e que o seu pai era de Ilhéus, na Bahia. Como seu
registro de nascimento ficou com o irmão mais velho da família, que não morava
mais em Sapé de Ubá (MG), onde grande parte de sua história se desenrola,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e como os estados da Bahia e Espírito Santo
fazem divisa com Minas , a dúvida permanece. Infelizmente nem ela mesmo pode
nos explicar. Ao final da vida ainda acrescentava – Nasci mesmo foi em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sum Paulo de Muieié – dizia, com seu sotaque
caboclo. </i>Não sabemos ao certo onde fica, afinal.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Dona Lucinda era uma morena
bonita e esperta, altiva, do tipo cabocla e analfabeta de pai e mãe, como a
maioria dos brasileiros naqueles tempos. Fato que ela soube superar com sua
coragem e vencer todos os obstáculos com muito trabalho. <span style="mso-spacerun: yes;"> Quando criança,</span> dizia ter brincado com índias e balançado na rede, nas ocas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Encontrou ainda adolescente com meu avô
Camilo,descendente direto de imigrantes italianos, de cabelos lisos, rosto
ossudo, olhos azuis. E se encantaram.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Do
casamento tiveram 10 filhos, sendo 7 mulheres. Para criar os filhos, os dois trabalharam duro na lavoura. E minha avó ainda lavava roupa , costurava e ainda e auxiliava o marido na carpintaria.</span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Mas a vida roda e foram
surpreendidos com a tuberculose do filho mais velho. Pra piorar, a notícia correu
na pequena cidade e as senhoras deixaram de mandar roupa pra minha avó lavar,
com medo que a doença fosse transmitida pelo contato. A situação não poderia ficar pior. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Inconformada com aquela vida sacrificada e<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>com a injustiça, tomou a decisão de conversar com o padre da paróquia
para pedir aconselhamento. O padre compartilhava da mesma opinião, e incentivou
que ela buscasse uma alternativa para os filhos na cidade de Cataguases, que era
a mais próxima e mais desenvolvida na região, com várias indústrias de
tecelagem. Concluiram que os filhos não teriam outro futuro, se continuasse
naquele lugar, além do trabalho duro no campo ou em casa de família. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">- Tire suas filhas daqui, dona
Lucinda, elas são moças bonitas e tem chance de uma vida melhor fora daqui.
Aqui vai ser só humilhação, disse o padre.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Com o apoio moral e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma pequena doação financeira, ela mandou o
filho mais velho na frente , com alguns contatos de amigos e indicações para
buscar oportunidade de trabalho nas indústrias de tecelagem para as filhas. E, sem titubear, seguiu com os demais filhos</span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> na boléia de um caminhão. E levou consigo um fardo de arroz,
outro de feijão e uma manta de carne seca.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Foi o que comeram durante dias, até receber o primeiro salário.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">O marido não quis
acompanha-los.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">– <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Voces vão dar com o rabo na cerca</i> , ele dizia , vou ficar por aqui
pra quando vocês voltarem. Palavras típicas de um homem simples , que não acreditava na<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>possibilidade de mudar o seu próprio destino.
<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Mas, como a mulher e os filhos
não voltaram, ele foi se juntar à família alguns meses depois, quando as filhas
já estavam empregadas na fábrica de tecidos e as crianças na escola. E tempos
depois, a fábrica liberou uma das casas da vila operária. Era o paraíso !</span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Minha mãe conta que eles estavam
em casa quando ouviram um barulho na porta e ao abrirem, deram de cara com um
par de sapatos no chão. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">– É o Camilo !<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>minha avó exclamou.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Dona Lucinda não parou por aí .
Anos mais tarde incentivou os filhos a procurar outros lugares mais
promissores, o que acabou levando-os para Petrópolis, quando surgiu
oportunidade em outra fabrica de tecidos. E foi lá que enfim toda a família se instalou.</span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">E ela teria ido mais longe , se
o tempo tivesse permitido e sua vida não tivesse se encerrado aos 69 anos,
de complicações do câncer. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Convivi com minha avó por pouco
tempo, infelizmente. Mas lembro de passar longas horas no seu colo, na varanda
de casa, olhando o movimento. Sua alegria era ficar vendo o povo passar e os
jovens e crianças passarem e dizer: </span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">-Bença, vó! .</span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"> D</span></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">eus te abençoe, ela respondia.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">A sua postura, sua coragem e
bravura possibilitou a minha mãe e tios o encontro de uma vida digna e próspera, mesmo com muito trabalho e de
criar os filhos com acesso a mais informação e escolaridade.</span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">E seu exemplo moldou o espírito das mulheres
da família.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span><br />
(histórias retiradas dos escritos da minha mãe, que felizmente tem muitas outras histórias pra contar)<br />
<div class="ListParagraph" style="margin: 0cm 0cm 10pt 18pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;"></span></span><!--[endif]--><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t11"
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<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-73817192470228353832013-11-15T07:37:00.000-08:002014-01-10T21:14:30.071-08:00Queria saber...<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: Calibri;">...
Continuamos a assistir as soluções serem construídas sob os mesmos pilares,
pelo mesmo modelo mental, que não tem dado conta da complexidade do contexto
atual.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Desembarquei
<st1:personname productid="em São Paulo" w:st="on">em São Paulo</st1:personname>
numa segunda feira, final de tarde, para ficar por uma semana <st1:personname productid="em curso. Inadvertidamente" w:st="on">em curso. Inadvertidamente</st1:personname>
não consultei qualquer previsão metrológica para os próximos dias, que foi de
chuva intensa e queda de temperatura. As roupas na mala definitivamente não
combinavam. Com isso meus planos para o final do dia, passariam a ser percorrer
um ou vários shoppings da cidade para comprar um sapato fechado e uma blusa de
frio, básicos. O fato de estar sozinha e ficar trancada em uma sala de aula
puseram por terra o desejo de ir ao cinema ou teatro. O meu negócio era
andar... Espairecer. Era impossível caminhar pelas ruas por perto, por conta da
chuva, trânsito, manifestações bloqueando ruas, etc...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Considerando
o horário de verão e as dificuldades de locomoção pelas ruas, resolvi testar o
transporte público de São Paulo. Considero que andar pelas vias públicas e utilizar
os meios de transporte público sempre é uma boa escolha para travar contato com
a cultura e pessoas, em qualquer lugar do mundo, de forma barata e segura. Além
disso, a qualidade e diversidade dos meios de transporte público disponíveis em
uma sociedade evidenciam o nível de desenvolvimento e amadurecimento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Todas
as vezes que estive <st1:personname productid="em São Paulo" w:st="on">em São
Paulo</st1:personname>, todas elas a trabalho, o taxi sempre foi meu meio de
transporte comum, em função do tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Bem,
não sei o que pensam e qual o nível de satisfação dos paulistanos com as linhas
de trem e metrô, mas fiquei impressionada com a rede de interligação entre eles
e entre os bairros. Voltei recentemente de férias na Europa e a verdade é que
não vi diferenças significativas na qualidade entre eles. Algumas questões são
iguais, mesmo os defeitos. Andei de uma ponta a outra da cidade com apenas um
bilhete, flutuando entre as linhas de metrô e ferrovia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">O
que impressiona e acho que faz a diferença é a quantidade de gente,
especialmente naquele horário de <i>rush</i>.
Bem, cá entre nós, foi loucura ter feito o “passeio” naquele horário. Fui
subindo e descendo, em algumas estações sendo conduzida por aquela multidão de
almas aflitas pra chegar ao seu destino. Parei finalmente em frente à entrada
de um vagão na estação Pinheiros, de frente para a Marginal, aguardando o trem
chegar e confesso que me assustei quando vi aquele mar de gente descendo em
grandes bicas pelas escadas rolantes para a plataforma do trem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;"> – Não vai dar, pensei, mas deu. As leis de
física precisam ser revistas porque acho que dois corpos podem ocupar o mesmo
espaço. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Fui
sendo gradativamente e “gentilmente” afastado da entrada do vagão, o que foi
ótimo porque quando o trem chegou a dança ali foi eletrizante. Eu perdi o
controle e me deixei levar e só sei que entrei no trem, em direção ao Morumbi.
A cada estação meu corpo era expulso pelos que queriam sair e depois retornava
pelos que queriam entrar no vagão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Mas
lutei bravamente quando cheguei à minha estação e quis sair. Acho que a dor no
braço que sinto até hoje foi em função das braçadas que eu dei pra sair. E saí
já totalmente amassada e descabelada. O
espelho do banheiro do shopping Morumbi comprovou o meu estado. “A cara da riqueza” pensei, a me ver no
espelho... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Fiquei
pouco tempo no shopping, só mesmo pra descansar e tomar o caminho pra outra
estação e aguardar o movimento esfriar. Já estava escurecendo. Entrei novamente
e peguei de volta o trem para Vila Olímpia. Foi super tranqüilo, agradável e
cheguei ao bairro sob uma perspectiva que não tinha visto antes. A visão que eu tinha, ao chegar e sair de
taxi do shopping Vila Olímpia era completamente diferente, era uma visão pela
janela do carro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Perguntei
como chegar ao shopping (estava a duas quadras) e ao parar no sinal comentei
com a menina ao meu lado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">–
Nossa, que movimento – falei. Nunca tinha visto tanta gente andando por aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">-
É todo dia assim, muita gente trabalha ou estuda aqui, nos escritórios e
shopping, respondeu a menina, de forma simpática. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Pensei
na rotina das pessoas, <st1:personname productid="em São Paulo" w:st="on">em
São Paulo</st1:personname> e no Rio de Janeiro que enfrentam essa situação
todos os dias, sem opção de escolha. Se considerarmos a precariedade das linhas
de transporte do Rio de Janeiro, pude imaginar, com minha experiência, a
batalha diária. Nunca andei de trem no Rio, mas sei como chegam as pessoas que
desembarcam na Central pra pegar o metrô. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Uma
das coisas que não entendo é o motivo de não se fazer estações dos dois lados
de saída e entrada dos trens. É humanamente impossível controlar uma multidão
fazendo força em movimentos contrários.
Vi isso não só em SP e RJ, mas em outros países também. Talvez o que
diferencie é a quantidade de pessoas ou a educação, não sei. Mas a verdade que
ao planejar os engenheiros, arquitetos, urbanistas não deveriam contar com a educação
do povo, mas sim com as opções que o sistema pode oferecer para conforto. Será
que é economia de espaço, de dinheiro?
Na estação Pinheiros, por exemplo, como em quase todas, não é problema
de espaço para construir mais plataformas.
Será o custo? Que custo justifica essa situação? Logística? Qual
logística? Vontade de fazer bem feito? Será que não é falta de interesse pelo
bem público?Alguém sabe explicar porque se fazem estações de trem com apenas
uma entrada quando os vagões foram projetados para saídas de ambos os lados? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">A
solução encontrada pelas autoridades têm sido colocar guardas nas estações que
tentam segurar a multidão, com cassetetes, empurrando as pessoas pra dentro dos
vagões ou fazendo o parto <i>à fórceps</i>,
de alguém que queira sair.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Outra
coisa que merece reflexão: porque ainda trabalhamos todos no mesmo horário e
nos mesmos lugares? Porque não vejo
qualquer movimento de empresas e poder público em estabelecer horários de
trabalho diferenciados, especialmente nas grandes cidades, de forma que o fluxo
de pessoas possa ser distribuído ao longo do dia? Mesmo sabendo das dificuldades e implicações
dessas mudanças, porque não ouço falar de movimentos efetivos nesse sentido? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Não
tenho a ilusão romântica e pretensiosa de que só eu pensei nisso. Todo mundo
deve se perguntar sobre isso e creio que pessoas estejam se debruçando sobre
isso. Mas porque não vemos nada acontecer de efetivo? Ao contrário, continuamos a assistir as
soluções serem construídas sob os mesmos pilares, pelo mesmo modelo mental que
não dá mais conta da complexidade do contexto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">E
o mundo não é mais o mesmo, a todo dia uma mudança significativa. Catástrofes
acontecem a todo o momento. O barulho e a desconfiança aumenta. O conforto perde
cada vez mais espaço. Já não adianta mais ter carrões porque o trânsito não
anda. Não adianta se fechar nos condomínios, a violência está dentro de casa. E
agora está batendo às portas, nas manifestações diárias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">À
noite, pra coroar as reflexões, vejo a notícia de que todo o lixo atômico produzido
no Japão, após o tsunami que passou por lá, está viajando pelo mar, como uma
grande ilha, em direção aos Estados Unidos e não se sabe exatamente o que fazer
com isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri;">Tá pra lá da hora de pensar no bem comum em detrimento do que é particular. Afinal, n</span><span style="font-family: Calibri;">ão temos pra onde ir, moramos todos no mesmo planeta.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-60322191479751982592013-11-04T17:56:00.003-08:002013-11-05T14:48:38.865-08:00Interpretações da palavra.<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri;">There are no facts, only interpretations.<o:p></o:p></span></b></div>
<span lang="EN-US" style="font-family: Calibri; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Para tratar de questões de comunicação, sempre me
remeto a uma das cenas inesquecíveis do cotidiano corporativo que serve como um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">case</i>. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">A cena se passa em uma empresa de médio porte.
Recentemente empossada em uma posição de liderança, as atividades deixaram de
se restringir as responsabilidades clássicas de Recursos Humanos para constituírem-se adicionalmente no gerenciamento das atividades de Segurança Patrimonial, Serviços Gerais, Restaurante,
Serviço médico e Segurança do trabalho. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p>Quem atua ou já atuou em empresas de médio porte e especialmente, em planta industrial, entende bem a realidade desses fatos.</o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Incorporada às novas responsabilidades, as reuniões
com a equipe foram uma das primeiras ações implementadas, buscando
alinhar expectativas, interesses, etc. Éramos uma equipe
heterogênea, até mesmo em função da diversidade de áreas envolvidas. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Após apresentações gerais, foi a vez das reuniões com
equipes específicas. E assim aconteceu com
as enfermeiras dos dois turnos do setor médico em horário
próximo à troca de turno, justamente para que estivessem as duas juntas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Era uma sexta feira. A conversa fluiu bem,
mesmo tendo observado que uma das enfermeiras tinha uma atitude mais tímida. Procurei deixar claro que as portas continuavam abertas e o
fato de ocupar uma posição de liderança não significava distanciamento. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lembro de utilizar a mensagem: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">- Se a porta estiver
fechada não significa que esteja fechada para falarmos, pode ser uma ocupação
momentânea, falei </span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">- Tudo entendido? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Perguntei</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">- Tudo certo – responderam.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">O sinal da fábrica tocou ,marcando o final do
primeiro turno e início do segundo. Liberadas, seguimos nosso destino.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Na segunda feira seguinte, logo cedo, uma das
enfermeiras aguarda na porta da sala com o semblante muito fechado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="page-break-before: always;" />
</span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">- Estou te esperando porque quero pedir demissão,
fala, antes mesmo de chegarmos à sala.<span style="mso-spacerun: yes;"> Já sentada, continua que </span> também veio pra dizer que não era uma pessoal mal educada.</span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"> Quando agi com falta de educação pra você me dizer que precisava bater na porta quando quisesse entrar, dizia. Nunca entrei na sua sala dessa forma. Eu posso
ser pobre, mas fui muito bem educada, continuava. </span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"> Até chorei nesse fim de semana e conversei muito com meu pai e ele me aconselhou a sair mesmo... E depois, eu
vi que você ficou de deboche com a outra enfermeira ,ela falava e a senhora
ria, mandando indireta pra mim.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Meu pai mesmo
disse que quando começa assim não vai dar certo. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Meu choque, espanto e surpresa com aquilo não
podia ser maior. Como fazê-la entender que os fatos e as palavras não
eram aquelas. A sua versão dos fatos estava totalmente equivocada, pelo menos em relação à verdadeira intenção do momento. </span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Não havida agressividade em suas palavras e em
sua interpretação dos fatos, era simplesmente a sua forma de ver. O que
demonstrava eram emotividade e sofrimento represado durante todo final de
semana. E parecia ficar pior toda vez que eu tentava explicar, observei.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">As palavras saem de nossas bocas e ganham vida
própria, pensava, ao constatar o absurdo daquele sofrimento em vão... <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Era apenas uma segunda feira e ainda sete horas da
manhã...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Olhando criticamente a cena com a perspectiva do tempo,
poderia discorrer sobre atitudes mais elaboradas que teriam evitado a falha de comunicação.
Mas, mesmo assim, não existiriam garantias de sucesso, considerando que a realidade é subjetiva,
tudo depende da lente que se vê o mundo. Dessa lente que é construída pelas cenas e
episódios da vida, pelas pessoas e trilhas que nos trilham. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Essa lente de ver o mundo nem sempre tem a ver
com a veracidade dos fatos ou com as intenções das palavras.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span><span lang="EN-US" style="font-family: Calibri; mso-ansi-language: EN-US;">“There are no
facts, only interpretations.” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-family: Calibri;">- diz <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="https://www.facebook.com/FriedrichNietzscheAuthor?directed_target_id=0">Friedrich
Nietzsche</a> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">A cena com a enfermeira termina aqui. Não houve
volta. Ela saiu da empresa, fiel ao seu sentimento e valores. <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">E eu tive que assimilar. E transmutar.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E providenciar rapidamente uma substituta, o que
não foi nada fácil.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/05675857882987828325noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-923134390742907160.post-61451212210300956962013-10-29T17:31:00.000-07:002013-10-29T17:31:23.024-07:00Cenas que a vida nos faz encenar<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Calibri;">Cenas que a vida nos faz encenar<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Cheguei
ao escritório no horário marcado, era o primeiro dia de trabalho como gerente
de recursos humanos daquela empresa. Tinha passado um ano fora do mercado e apesar
da oportunidade de dar uma parada, após intensos 10 anos de trabalho na mesma
empresa, não foi nada fácil. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ainda
em Petrópolis, o tempo sem ocupação foi bom pra estreitar a relação com os
filhos, a casa, os cachorros e, junto a todo aquele verde e frescor, um momento
precioso também para reflexão e meditação, embora os filhos insistiam em dizer
que passei mesmo foi por uma sonoterapia. Tá certo que depois de longas horas
de meditação, eu realmente acabava dormindo, mas a situação sempre foi motivo
de piada, e continua sendo até hoje quando nos recordamos de Ivone, nossa
empregada na época. Ao atender o telefone, ela sempre dizia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
Sua mãe não pode atender o telefone agora, ela está meditando. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
demissão, que ocasionou os longos períodos de meditação, chegou de forma
inesperada, apesar dos sinais evidentes. A reação imediata foi acionar alguns
contatos pessoais e profissionais cultivados até então e avisar sobre a “disponibilidade” para o mercado,
antes mesmo de curtir as férias que já estavam agendadas, com apartamento já alugado.
E, realmente, os primeiros contatos para
entrevistas de trabalho surgiram exatamente nesse período. De férias na praia, a
rotina era sair da cidade praiana, participar das entrevistas e retornar. O
movimento era bom e parecia que as coisas não iam demorar mesmo muito tempo pra
acontecer... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
primeira grande entrevista surgiu através de uma consultoria conceituada , para
uma posição em empresa francesa. Como o perfil tinha sido bem avaliado e altamente recomendado cheguei com segurança,
caprichei na apresentação, cabelo, roupa: “Tudo em cima”, pensei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
secretária anunciou minha chegada. A entrevista, inicialmente com os diretores
comercial e industrial transcorreu muito bem. A conversa com o presidente, ao
final, foi extremamente agradável. Ele perguntou sobre quase tudo, experiências
passadas, pediu opinião sobre diversos assuntos, falou também sobre sua
trajetória, história da empresa. Houve
empatia, afinal. Saí de lá com aquela sensação agradável de que, se não
acontecer de ser escolhida, valeu a pena ter vindo até aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Cumpridas
as recomendações técnicas, a empatia faz
toda diferença para um acordo de parceria, seja ele qual for. Em um processo
seletivo, isso vai fazer toda a diferença na hora de decidir por alguém” – é minha opinião. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Mas
a probabilidade, por mais favorável, nem sempre se cumpre como os cálculos
indicam. Esta questão ficou mais clara ou melhor compreendida depois que li o
livro Cisne Negro , ou Black Swan, de Nassim Nicholas Taleb (recomendo a
leitura). <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div align="right" style="text-align: right;">
<i><span lang="PT" style="font-family: "Book Antiqua"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT;">Nassim Nicholas Taleb define no livro que <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cisne_negro" title="Cisne negro">cisne negro</a>
é um acontecimento improvável e que, depois do ocorrido, as pessoas procuram
fazer com que ele pareça mais previsível do que ele realmente era.<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="right" style="text-align: right;">
<i><span lang="PT" style="font-family: "Book Antiqua"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT;">No livro, o autor escreve que é impossível tentar antecipar e prever o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Futuro" title="Futuro">futuro</a>, já que
aquilo que conhecemos é muito menor em relação ao que não conhecemos. Ele
também explica como uma pessoa deve lidar com eventos inesperados em um mundo
imprevisível e que elas tenham a consciência e aceitem que esses eventos, uma
hora ou outra, acontecerão. (Wikipedia)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Passadas
algumas semanas, e só após fazer contato com a consultoria, chegaram as notícias
de que o processo tinha sido interrompido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"> - “Não entramos em contato antes porque também
aguardávamos um posicionamento da empresa mas, parece que aconteceram mudanças na
empresa, mudança de diretoria”, desculpou-se a consultora, “não sabemos
exatamente o motivo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Mas
como dizem, <i>o tempo é o senhor de todas
as coisas</i> ... e, afinal, tinha sido só a primeira entrevista. Assim, consolei
a mim mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Retomada
a nova rotina em casa, ligada na internet, estabelecendo contatos, buscando
alternativas (e meditando...). Foi quando outra renomada consultoria fez
contato, para uma posição de gerente de recursos humanos, em uma empresa
multinacional francesa, de grande porte. À essa altura, você já deve
imaginar que empresa era essa não? Pois
é. Só soube que era a mesma empresa
quando a entrevista foi agendada, mesmo local, porém com nome de diretor
diferente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
mesma secretária me encontrou na recepção, cumprimentamo-nos, o seu sorriso foi
uma demonstração de reconhecimento e surpresa. Estranho, pensei. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Encaminhada
para uma sala, aguardei a chegada do diretor financeiro, que aparentava no máximo uns 40 anos, bem mais jovem
que o anterior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
“Bom dia”, disse, sorrindo e carregando alguns papéis, logo no início da
entrevista. “Vejo aqui que você já participou do processo anterior”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
“Bom dia. Pois é, não entendi muito bem, eu avisei pra consultoria sobre isso logo
que soube, quando a entrevista foi agendada, como não houve espanto, entendi
que era continuidade do processo anterior” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
“É verdade, vi aqui que você foi indicada pela consultoria X e, não sei se tem
conhecimento, mas você foi a candidata selecionada naquele processo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
“Fui? Não sabia...”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
“ Mas, em função das mudanças, o processo foi interrompido porque trocamos o
presidente e os diretores anteriores, mas eles tinham escolhido você. “Agora”, e aí ele riu, nem mesmo acreditando em
si mesmo, “você foi novamente selecionada”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
“Muito bom saber disso. Mas, isso é bom ou ruim?”, perguntei. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
“Pra você, acho que muito bom”, ele
disse, “afinal ser selecionada por duas grandes consultorias... isso te
coloca um passo à frente, concorda?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">-
“É, isso é bom”, disse, mas na verdade não era bem assim, pensei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Passei
novamente por uma rodada de entrevistas. Dessa vez saí de lá com uma sensação
muito ruim. “Devia ter recusado”,
refletia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Depois
de algum tempo de espera, a resposta chegou. E, é claro, não fui escolhida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Não
ser a melhor opção para uma empresa não é o fim do mundo em uma situação
normal, faz parte de quem está participando de processos seletivos. A seleção é
dos dois lados, o candidato também deve avaliar o perfil da empresa, se ela se
encaixa nas suas expectativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Esse
processo especificamente ficou mal resolvido.
A minha visão da empresa, ao sair do segundo encontro, foi completamente
diferente da imagem que fiz no primeiro momento. Natural que tenha deixado um
gosto amargo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Felizmente
houve oportunidade de esclarecer um pouco mais os fatos, com a consultora,
alguns dias depois. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A
situação foi embaraçosa pra todos. Os novos diretores simplesmente não sabiam
do processo anterior, tomaram conhecimento disso somente porque a secretária
lembrou de comentar quando me reconheceu.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Pode?
Pode! Teoricamente não, mas o mundo
corporativo está repleto de cenas como esta. Depois, como explicar a
contratação de uma nova consultoria pra um processo que já tinha sido
finalizado? E o pior, pra contratar a mesma pessoa que tinha sido escolhida
anteriormente. E ainda, pelo diretor anterior, que foi destituído. Como
justificar o custo envolvido?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">De
minha parte acrescento ainda a displicência da consultoria em não ter apurado
melhor o fato, quando mencionei que já tinha estado lá. A consultora confessou também seu embaraço com
a saia justa. E até rimos da situação <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">–
Faltou originalidade ou meu currículo é realmente excepcional? Ou só eu estava
disponível por aqueles dias? Brincamos, na época. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">De
minha parte, avalio que só deveria ter ido após os fatos devidamente
esclarecidos. Não cabe deduções, é importante trabalhar com dados de realidade.
Lembrando a questão do inusitado acontecer, estar qualificada nem sempre
trabalha a seu favor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ainda,
devo acrescentar o fato não menos importante de simplesmente não ter havido
empatia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">***<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">As
histórias da vida corporativa me inspiram a realizar o trabalho de coaching e orientação
profissional. Além da inspiração e experiência direta com as pessoas no mundo
corporativo, busquei formação sólida no tema e me especializei. Você pode entrar em contato comigo. Deixe seus
dados de contato, demonstrando qual o seu interesse e retornarei para falarmos.
Independente disso, podemos conversar. Estou disposta a ouvir a sua história e
contribuir, de alguma forma.<o:p></o:p></span></div>
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